Pipi pi pi pi Chaves fora do SBT: O fim de uma era
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| Eu numa exposição do Chaves em 2014 |
Eu não imaginava que iria atualizar meu blog tão cedo, em menos de 24 horas depois da última postagem que nada tem a ver com o assunto que vou tratar agora.
Situando quem não estava sabendo da novidade ainda, ontem, terminando uma postagem, fui divulgar em minhas redes sociais, como sempre faço depois de escrever aqui.
Qual não foi minha surpresa quando vi a hashtag #Chaves no twitter disparando feito um foguete entre os assuntos mais comentados do Brasil. Quase tive uma "quátrupe" (fãs entenderão, não se preocupem), aliás que trocadilho infeliz o destino nos fez se levarmos em conta que o SBT é canal 4 em São Paulo - SP.
Não só para mim mas para todos os fãs brasileiros do universo CH, a verdadeira surpresa não foi o Seu Madruga ir tocar a porta da Dona Clotilde para ver o concurso de Miss Universo pela televisão mas sim o encerramento do contrato do SBT com a Televisa (conglomerado de TV mexicano que transmitiu a série por muitos anos e depois exportou - a para alguns países do mundo).
Estou perplexa. De início não acreditei mesmo com a verdade diante dos meus olhos.
Como costumo fazer todos os sábados (precise ou não precise - risos), programei minha TV para ligar faltando 5 minutos para as quatro da manhã para ver o comecinho da maratona do "Chaves Madrugada" que obviamente é impossível assistir inteira sem cochilar pois não sofro de insônia como o Seu Madruga.
Mesmo assim, entre um cochilo e outro ainda consigo pegar um episódio inteiro de Chaves, alguns pedacinhos do Chapolin e as estórias do Clube do Chaves com Dr Chapatin, Chompiras, Chaparrón Bonaparte e Don Caveira, o dono da funerária que detesta esse apelido e fica nervoso toda vez que seu empregado o chama assim.
Hoje foi diferente: Na hora programada a TV ligou mas ao invés de CH tinha um programa tipo "tragédia news" só que muito mais barra pesada do que os que passam à tarde, chamado Alarme TV. Desliguei tudo e fui dormir, ainda meio que sem acreditar no que aconteceu.
Na minha cabeça, apenas duas coisas resistiriam bravamente ao tempo: Meu aparelho de som que ganhei da minha saudosa mãe aos sete anos e o Chaves passando no SBT. Restou meu aparelho de som onde neste momento tem um disco tocando para eu "dançar um pouquinho".
Não pude evitar as lembranças da hora do almoço de quando eu era pequena me acabando de dar risada assistindo naquele dia 24 de agosto de 1984 o episódio O Matador de Lagartixas. Dali em diante não parei mais.
Às segundas, quartas e sextas Chaves. Às terças, quintas e sábados Chapolin, o herói atrapalhado, covarde e bobalhão que enfrenta vilões com movimentos friamente calculados e uma marreta biônica. Sempre no mesmo horário.
Me lembro também de um dia ter aprontado e levei um castigo de uma semana sem televisão, ou melhor sem Chaves. Sim minha mãe tirou só o Chaves, outros programas eu podia até ver. Inclusive o Chapolin. Acho que ela não sacou que no fim era tudo a mesma coisa. Mesmos atores com outras roupas, outros personagens.
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| Festival Boa Vizinhança 2010 |
O universo CH foi algo marcante na minha infância e também na adolescência e vida adulta. Assisti à todas as faixas de horário do SBT e quando mudavam e eu descobria , eu ia lá e assistia. Se tornou parte da rotina.
Com a chegada da internet no Brasil, fui logo procurando entrar em contato com outros fãs de séries, artistas e personagens do cinema que eu gosto. Inclusive Chaves.
A partir daí, trocar informações com essas pessoas foi bem fácil. Estou no fórum Chaves desde 2001 se não me engano. E lá pude (re) descobrir coisas e fazer amigos como Eduardo Gouveia, Fábio Ribeiro, Gustavo Berriel, Henrique Lascalla e a dubladora da Chiquinha Cecília Lemes, pessoas com quem mantenho contato e tenho o maior carinho do mundo. Participei de alguns eventos como o Segundo Festival da Boa Vizinhança, as exposições no Memorial da América Latina, uma Bienal do Livro com tarde de "barriga do Senhor Autógrafo" (risos) Edgar Vivár, um World Pop Festival com meet & greet da Ana Lilian De La Macorra (Pati a moradora do 24 sobrinha da senhorita Paraíso, digo Glória) e recentemente quatro lives, duas com dubladores, uma com ator e outra com uma das filhas de Bolaños, Paulina Gomez.
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| América Celebra a Chespirito |
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| Memorial da América Latina |
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| Cecília Lemes (voz da Chiquinha) e eu na Bienal do Livro |
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| Edgar Vivár na Bienal do Livro |
Até entre amigos fãs de outro personagem, James Bond, encontrei também fãs de Chaves. E mesmo durante eventos dedicados ao agente secreto britânico, nos intervalos começávamos a falar também de outros personagens, quando Chaves vinha à tona e era uma diversão à parte.
Ele é o personagem estrangeiro mais brasileiro que existe pelo tanto que é amado no Brasil todo.
Até dancei vestida de Chaves uma vez.
Foi no América Celebra a Chespirito num flashmob promovido pelo SBT em parceria com a Televisa para uma homenagem à Chespirito e sua obra. Foi lindo. Emocionante foi também o dia em que recebi um áudio do Edgar Vivár em português falando comigo. Presente da querida Cecília Lemes, de surpresa. Chegou através do whats dela. Quando dei o "play" veio a voz com sotaque espanhol falando comigo foi surreal. Guardo com carinho no meu pen drive.
Chegar perto de Ana Lilian de La Macorra foi emocionante, como vocês verão na foto, chorei igual bebê.
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| Ana Lilian De La Macorra (Paty) no World Pop Festval |
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| As dubladoras Cecília Lemes (Chiquinha) e Marta Volpiani (Dona Florinda) em evento no MIS |
Eu me emocionei de sobremaneira! Li tudo e fiquei feliz de ver que como há fãs que não pouparam esforços pra demonstrar sua paixão. Você é uma dessas fãs, conheceu os nomes que fizeram nossa infância e vida adulta melhores. Eu desmaiaria se me mandassem um áudio como o seu! De fato, foi um baque para todos nós esse início de mês, vi pessoas falando que não entendem o porquê ficamos sentidos, creio que é porque não percebem que Chaves e Chapolin, diferente de outras coisas consideradas épicas, foi uma saga, tornou-se uma lenda, não é só pelo enrendo, roteiro mas por valores que permaneceram impressos em nós desde sempre. Coisas que levamos para a vida adulta, frases, palavras, lições... Não param pra pensar que aqui CH faz até mais sucesso que em seu país original, não porque somos um povo que se deixa levar mas porque quando amamos algo que nos toca, vamos até o fim e elevamos esse algo, fazemos questão de demonstrar esse amor e afeto. Chaves é assim, tenho funkos, camisetas, uso bordões no dia a dia... não tenho vergonha alguma porque sei que é algo que não vai passar. Dentro de cada coração nosso CH já tem seu lugar, possibilitou amizades, acolhimentos e mesmo que não passe mais, o amor manterá os fãs unidos! Parabéns pelo texto!
ResponderExcluirRhay obrigada por sua visita. Deixa eu te contar uma coisa. Não tá sendo fácil, mesmo, tá estranho sabe. Olho pro meu Chavinho q fica enfeitando minha penteadeira, pras minhas miniaturas e dói viu. O "barriga do sr Áudio", meu, foi uma surpresa tão maravilhosa q eu tive de ouvir várias vezes pra acreditar. A Cecília Lemes fez uma coisa por mim q ninguém fez. Não me refiro ao áudio mas, não me peça pra dar nome pra isso pq não sei.Meses antes da partida do nosso Bolaños, foi minha mãe q partiu. Eu sequer tinha contato c/ a Ceci (é assim q a chamo) e ela foi ao velório da minha mãe só pq viu no meu facebook o aviso q meu primo colocou usando minha senha. Duas tias minhas q estavam lá (uma inclusive, torce o nariz pra CH assim como minha avó tb torcia) a recebeu pq eu tinha vindo pra casa c/outra tia pra dormir. Não nos encontramos mas recebi dela por recados palavras lindas de consolo. Acabei encontrando - a depois e agradecendo, hj somos amigas. O q quero reforçar é esse lado humano q CH nos deixa através de sua obra e como isso reflete! Obrigada de coração e q logo isso se resolva.
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