Todos Contra o Coronavírus - Segunda dose garantida


 Antes de começar este texto, tenho por obrigação confessar uma coisa a vocês a respeito dessa série  que estou escrevendo de tempos em tempos aqui no meu blog. 
Quando a pandemia chegou ao Brasil fiquei com muito medo de abordar esse assunto, ainda mais porque quem conhece meu blog desde que eu criei lá no comecinho dos anos 2.000, sabe que ele foi criado para entreter com conteúdo leve e também compartilhar alguma coisa minha com vocês como por exemplo homenagens que costumo fazer para pessoas e personagens que admiro ou também contar alguma curiosidade ou história interessante.
Pensei em não abordar esse assunto da pandemia, até porque só se fala nisso.
De uma hora para a outra, tudo passou a girar em torno de coronavírus, vacina, hospital de campanha e acalorados debates políticos que naturalmente envolvia esse tema praticamente único desde que tudo começou.
Eu queria ficar de fora. Queria que aqui fosse um refúgio para meus leitores.
Queria, mas não podia.
Não sou jornalista nem influencer. 
Meu blog existe simplesmente porque adoro escrever e faço isso por amor. É um hobby. 
Mesmo assim, escrever num espaço em que todos irão ler, exige o mínimo de compromisso com o mundo real e tudo que o cerca. Não posso parar no tempo e continuar como antes da pandemia. Também tenho o dever de informar meus leitores da melhor forma possível. 
Decidi então abordar esse assunto da maneira menos pesada, sem ideologias políticas e abordar tudo isso de todos os ângulos em que se apresenta e dividir com vocês as dúvidas, os medos, o "novo normal" de uma rotina que teve que mudar para todos no mundo inteiro. 
Ontem, pelo menos para mim, essa história teve um novo capítulo. 
Quero comunicar aos queridos leitores que chegou minha vez de tomar a segunda dose da vacina. 
Novamente senti um turbilhão de conflitos internos misturados com a expectativa de finalmente me sentir mais protegida e confiante. 
Não vou negar que tive minhas dúvidas, meus medos, por vezes ficava pessimista mas logo passava. 
Ao mesmo tempo que eu queria tomar a vacina eu não queria por medo de agulha, meus próprios traumas de anos que estou vencendo aos poucos movida pelo extinto de sobrevivência. 
Nunca duvidei da vacina, sempre torci pela sua descoberta e meu lado racional de querer me imunizar foi mais forte do que o emocional que era o mais cômodo mas não era o certo. 
Tive insônia ante ontem, demorei muito a dormir me levantei de madrugada. Foi uma noite horrível.
Achei estranho que quando acordei, parecia um dia como outro qualquer e apesar do medo de passar mal como na primeira dose, tudo foi bastante tranquilo. Todas as enfermeiras sempre muito carinhosas e pacientes me acalmaram. 



Eu e a enfermeira Maria. Obrigada por tudo


A enfermeira Maria  foi muito delicada e atenciosa, mostrou a agulha e a vacina para que minha tia pudesse conferir tudo em meu lugar para que eu não ficasse tensa. 
O que não fazemos para ir ao cinema? Disse eu antes de receber a vacina. 
Tudo terminado em segundos. Depois chorei. De alívio por estar de certa forma salva.
A expectativa de ver o novo filme do 007 que ainda vai estrear este ano foi o que me motivou e foi também uma das coisas que me deu coragem para tomar a vacina. Ter uma agulha encostando em meu braço significou também uma espécie de "ingresso garantido". 
Inclusive quando disse para a Maria que eu "já poderia ir ver o filme" ela me recomendou continuar a obedecer os protocolos. E é bem por aí que temos que seguir se quisermos viver saudáveis.
Mais do que poder sair para ver um filme, para visitar pessoas, voltar a conviver em sociedade, temos que continuar atentos com os cuidados básicos do distanciamento, máscara, álcool em gel, enfim... não facilitar o contágio.  
A vacina evita que você possa contrair o vírus? Não. 
Ela diminui as chances de você contrair de uma maneira mais forte e diminui muito o risco de ficar entubado ou morrer. 
Você tem um pouco mais de  tranquilidade. Se sua saúde estiver em ordem, saiba que suas chances de vida são maiores. Mas, atenção! Todo cuidado é pouco. 
Por isso, mesmo vacinados com as duas doses, ainda não é hora de baixar a guarda, não é hora de achar que está tudo bem. Não sabemos muito a respeito da doença mesmo depois de tanto tempo. 
Muita coisa melhorou, depois voltou atrás, depois melhorou novamente e outra vez começou do zero. 
Só voltaremos ao "velho normal" no dia em que cada pessoa no mundo fizer a sua parte a começar por respeitar os protocolos.
Quando você se cuida, cuida também daqueles que ama e de toda a humanidade.
Para terminar, o mais importante. Você é totalmente livre para ter e manifestar sua opinião política seja qual for, não importa. Você só deve fazer uma coisa, independentemente do lado em que você está: Deixe que "a vacina te escolha", não escolha a vacina. Apenas escolha VIVER.

Dedico este texto com muito carinho e gratidão a todos os profissionais da saúde abnegados em sua missão de cuidar e imunizar as pessoas, aos incansáveis cientistas, à enfermeira Maria (que aplicou minha vacina) e muito especialmente a Ana Paula Moreira, enfermeira que muito me ajudou a superar meus medos, a memória da minha mãezinha Lourdes, a minha tia Judite pela paciência em cuidar de mim e me compreender e a minha Madrinha do Céu Nossa Senhora Aparecida

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