Todos Contra o Coronavírus - Voltando para a natação

Eu não poderia escolher uma foto melhor para ilustrar esse texto que não fosse essa saindo de casa para ir ao clube para voltar a nadar depois de dois anos. Momento este devidamente registrado por minha tia que também sempre me leva duas vezes por semana. 

Dentre as coisas que eu mais senti falta de fazer nesse tempo em que fiquei em casa foi justamente não poder nadar. E não apenas pelo esporte mas também pelo convívio entre colegas e professores e passear pelo clube.

Obviamente não fiquei parada em casa sem fazer nada. Minha professora mandava exercícios de ginástica por vídeo para nosso grupo de whats app ou fazia aulas on line. Serviu para mantermos a forma e algum contato mas não é a mesma coisa de entrar em uma piscina para nadar.

Era difícil não ter de arrumar a mala, saber que era obrigada a ficar em casa para não me contaminar. 

Em todas as ocasiões, saúde sempre em primeiro lugar. 

A sua e a do próximo.  

E graças à muita perseverança, coragem, abnegação e as duas doses da vacina, aos poucos estou retomando minha vida. E registrado tudo aqui para que vocês possam acompanhar todas as etapas. 

Visitas à família, cinema com os amigos, cuidar do corpo e da mente, e exercitar a fé e a espiritualidade que ajudam a seguir em frente.

Depois de ir ao médico, coletar exames e tal, era hora de finalmente voltar. 

Por várias vezes me peguei imaginando como seria esse dia de retornar. Pensei que iria chorar, que iria travar paralisada na entrada do clube. Mas não foi nada disso. Tudo foi muito mais simples do que eu imaginei. Nem insônia provocada pela ansiedade  eu tive. Foi tudo tão normal como se não tivesse passado tanto tempo desde a última aula antes da pandemia ser decretada e o mundo parar.

Ao sair de casa estava feliz. Tudo no trajeto era igual. Acredito que a emoção tenha feito eu "parar no tempo" e não chorar ou olhar curiosa para os detalhes de um trajeto tão conhecido que por acaso tenham mudado.

Chegar ao clube foi muito bom, mal podia acreditar. Coração disparado. Ansiosa, feliz. 

Logo na entrada, antes de passar pela catraca, a foto no escudo gigante feito de pastilhas na parede marcou o registro da minha "volta pra casa" para minhas redes sociais. Lembranças para a posteridade, afinal esperei tanto por esse dia. E finalmente o dia chegou.


Na entrada do clube, o carrinho elétrico que nos leva para a natação parou. 

O motorista nos cumprimenta e conversa durante o curto trajeto. A cada lugar que olhava, alguém cumprimentava. Lugares e rostos conhecidos (ainda que mascarados) traziam a sensação de  aconchego que sempre sinto. 

E na natação, entre a recepção e o vestiário a mesma coisa. Reencontro com pessoas e retomada da velha rotina.

A aula foi tranquila. Sensação boa dar o primeiro mergulho e as primeiras braçadas. Impressionante como passe o tempo que passar eu não esqueci nenhum movimento da natação.

Bem mais lento mas leve, sem muita exigência. Dei conta. 

Fiquei mais cansada, dolorida pois o corpo já não estava mais tão acostumado à tais movimentos. 

A felicidade que senti ao voltar compensa tudo, até as dores e o cansaço. Afinal, eu voltei a fazer uma das coisas que mais amo: nadar. Enfim... minha vida voltou e sou grata por isso. Obrigada, Senhor!



 


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