Meu Nome é Bond... James Bond - Capítulo Especial (Suplemento Número 002) - James Bond 007: Dos livros para o cinema há 60 anos batendo recordes e marcando seu estilo


 Num dia qualquer, em sua casa de veraneio na Jamaica, Ian Fleming, jornalista, escritor, comandante da Marinha Britânica e herói de guerra, escreve as primeiras linhas de um despretensioso livro onde conta as aventuras de um tal agente secreto James Bond, do MI-6, serviço de inteligência do governo do Reino Unido. 

Fleming queria apenas "passar o tempo" durante as férias e escapar, segundo ele mesmo, da vida monótona de um homem casado. 

Os livros de Ian Fleming com as estórias do agente do MI-6 logo fizeram muito sucesso, sendo vendido aos montes a preços populares para leitores de todas as camadas da sociedade britânica. 

Por onde quer que se olhasse alguém lendo, certamente encontraríamos nas mãos de alguma  pessoa um livro com as aventuras de James Bond 007. 

 O Reino Unido precisava de um herói que lhe devolvesse o orgulho patriótico perdido em função da crise econômica. 

Um acordo direto entre Ian Fleming e os produtores de cinema Albert Broccolli e Harry Saltzman dava o pontapé inicial para colocar James Bond nas telas do cinema. O herói dos livros dava os primeiros passos para ganhar o mundo e começar sua trajetória de sucesso. 

Em 5 de Outubro de 1962, em Londres, um público atônito via uma mão sobre as cartas de baralho num gesto elegante Em seguida, um take percorre o braço, vai subindo até revelar o rosto de um homem, dono de uma bela expressão que, carregado de puro charme, diz pela primeira vez com um cigarro no canto da boca e olhar arrebatador a frase que marcaria a sétima arte deste dia em diante: "Meu nome é Bond... James Bond"

Herói de estilo único. Gostos refinados. Armas e equipamentos letais, carros possantes, cardápio de iguarias e drinks preparado no mais alto requinte. 

O caviar beluga e a vodca martini batida, não mexida são a marca registrada da refeição de Bond, servida sempre em ambientes luxuosos cheios de luz e beleza, invariavelmente em paraísos naturais. 

Com toda essa atmosfera, Bond sempre tem a companhia de mulheres exuberantes não só nos jantares e cassinos, mas principalmente, entre seus lençóis. 

Em algumas ocasiões, elas seduzem o agente seja para auxiliar em sua missão, seja para prejudicá - lo  usando sobretudo a beleza feminina como arma. 

Em outras, é ele quem seduz com elegância e muita sensualidade, usando sua lábia para conseguir tudo o que quer. Difícil de resistir a ele.

Mas a vida de 007 não é somente esse mundo de  encantamento. 

Ele também enfrenta vilões megalomaníacos, exóticos, extremamente inteligentes, capazes de loucuras para dominar nações, provocar guerras e  destruír o mundo.

Sempre ao dispor de Sua Majestade nas estórias ou de seu público fiel, levando entretenimento de escapismo da dura realidade do mundo, Bond segue sendo ícone de uma época em que a Guerra Fria era "desculpa" para Bond perseguir vilões em um Aston Martin DB5 prateado e outros carros icônicos, trocar tiros e explodir tudo usando os gagets mais tecnológicos num espetáculo pirotécnoico de grandes proporções.

E também se adequando a cada época. Linguagem, tecnologia, moda, música, comportamento e momento político.  Sem perder a essência do Bond literário de Ian Fleming.

Um personagem clássico, conhecido e celebrado em todo mundo que deixa sua marca e detém recorde atrás de recorde, inclusive o de personagem mais longevo do cinema: 60 anos, 25 filmes. E uma legião de fãs que as vezes pode até não concordar com algumas coisas que acontecem mas que aguarda sempre o James Bond Voltará. 

Um brinde batido, não mexido aos 60 anos de James Bond, o espião  que eu amo e faz parte da minha vida e do meu dia a dia. 

Pela Inglaterra, Bond forever. 


Eu retornarei. Um dia...







PS: Essa série de textos é dedicada à memória de Ian Fleming e também aos amigos Lucian e Rildon que me incentivaram a fazer essa experiência. Obrigada, amigos. Beijos.

Suplemento Especial dedicado às memórias de Albert Broccolli, Harry Saltzman, Sean Connery, Roger Moore, a todos os falecidos do elenco e equipe técnica e à memória de Sua Majestade, Rainha Elizabeth II, para quem Bond "trabalhou" ao longo destes 60 anos


 

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