Inteligência Artificial: o que acho sobre isso? Seria esta a nova era?


 Antes de começar esse texto, quero deixar claro que quem escreve essas linhas que irão se seguir sou eu mesma. Não estou usando de nenhum recurso de Chat GPT ou outras inteligências artificiais. 
Estou escrevendo à moda "antiga" usando meu dedo indicador direito para digitar e meu cérebro para que a inspiração venha de forma natural exatamente da mesma forma que faço desde o dia em que criei este blog. 
Quando eu era criança, ficava imaginando como seria o século XXI, os carros, as casas, as pessoas, como tudo funcionaria e o que seria inventado para facilitar a vida das pessoas. Afinal, venho de uma geração que assistia encantada desenhos como Os Jetsons, uma família futurista cheia de tecnologia que vivia no ano de 2062, Star Trek (a série clássica), os filmes do Exterminador do Futuro com Arnold Schwarzenegger e tantas outras produções que retratam um futuro tecnológico que ao mesmo tempo em que provocava fascínio, curiosidade intrigava e instigava a todos com uma pergunta recorrente: será que essa tecnologia existirá algum dia? Será que estarei vivo (a) para ver isso funcionar?
Tudo começou quando a internet passou a se tornar popular na década de 90 que ficou conhecida como o "boom da internet" a partir da criação do cientista, físico e professor britânico Tim Berners-Lee, desenvolvedor de um navegador ou browser, a World Wide Web (www). 
A internet reaproximou pessoas que estavam longe, permitiu acessos a informações, trouxe comodidades  inimagináveis em outras épocas. 
Desde reencontrar aquele seu parente ou amigo do qual você não sabia notícia nenhuma há tantos anos até conhecer pessoas que você nunca imaginou que existisse pelo simples fato da pessoa compartilhar dos mesmos gostos ou interesses do que você por mais incomuns que fossem até assistir aquela série sem ter de esperar para saber o que viria no próximo episódio ou temporada, correndo risco de tomar spoiler por causa de comentários publicados pela imprensa especializada ou grupo de fãs que discutiam sobre qualquer coisa que fizesse referência ao assunto. 
A internet deu voz a todos, independente da posição social, financeira e fama. Ampliou horizontes e derrubou fronteiras, ainda que temha mostrado o lado obsacuro. 
E pensar que tudo começou com uma conexão discada onde você dependia de uma linha telefônica. Conectar era demorado. Fazer ou receber telefonemas e usar a internet ao mesmo tempo era impossível. Enfim... eram tempos em que tudo era trabalhoso e caro. 
Com a evolução dos telefones celulares que aos poucos foram se tornando conectáveis, através da banda larga e mais tarde a rede Wi Fi, que dá ampla cobertura de sinal digital por todos os ambientes de uma casa por exemplo, cada vez mais a vida foi se acomodando e se tornando mais ágil e prática. 
Hábitos como ligar uma TV na hora certa de assistir um programa, ler um livro, ouvir um disco de vinil, um CD ou assistir a um VHS ou DVD foram se tornando obsoletos. 
Alguns poucos saudosistas ainda os mantém por paixão, como eu por exemplo e conseguem conciliar com a modernidade. Perdeu aquele programa de TV? Vê no YouTube ou no streaming pelo celular, tablet ou notebook que você pode levar onde quiser e assistir seus programas quando tiver um tempo livre ou enquanto escova os dentes, prepara uma comida ou durante as refeições. 
Quer ouvir música? Dá o play na plataforma. Precisa pagar uma conta? Coloca o número do cartão de crédito ou faz transferência por pix. Quase nem é necessário ir ao banco para isso. E nem utilizar dinheiro físico. Nem de carteira se precisa, já existe a carteira digital que fica nos aplicativos de pagamentos. Resultado do último jogo do seu time do coração ou as últimas notícias do momento? Dá um click  pra ouvir um podcast sobre o que quiser ou leia nos sites especializados. 
Quer um texto bonito e inspirador? Nem "precisa pensar." Joga um tema para a inteligência artificial e pronto. Já me sugeriram quando tive um bloqueio criativo recentemente.
A tecnologia avançou muito nesse aspecto, reconheço.
Houveram avanços em todas as áreas e encontramos respostas eficientes para velhas questões sem solução.
Por exemplo, na criação de próteses e remédios mais eficazes, na produção em escala industrial, na agricultura, em pesquisas por segurança, novas técnicas de ensino e formas de aprendizado, etc.  
Por outro lado, passamos a ser mais vigiados pois, com um celular na mão, em segundos você tira uma fotografia ou grava um vídeo com qualidades excelentes e envia para seus amigos na mesma hora. 
Há também coisas curiosas como o recente comercial da Volkswagen protagonizado pela cantora Maria Rita e sua mãe, a também cantora Elis Regina, falecida nos anos 1980 em qua ambas dirigem dois modelos diferentes do utilitário Kombi cantando a música Como Nossos Pais de Belchior. 
Tal criatividade só foi possível graças a tecnologia do deep fake que reconstruiu o rosto, os gestos e a voz de Elis Regina. 
Um tipo de inteligência artificial muito avançada que me assusta um pouco, confesso. 
As redes sociais também fazem parte dessa evolução. Elas também tem seu lado bom e seu lado ruim que ao meu ver acostumou muito mal as pessoas. 
Não há mais paciência para coisas que durem mais do que minutos, tudo é o já, o agora. 
Quem viu viu, quem não viu, azar. Apaga sozinho. 
Me refiro aqui de forma clara aos famigerados stories que nem curto muito mas... devemos evoluir. 
Perdeu - se o gosto de escrever, mal conhecemos a letra das pessoas escritas no papel. E hoje em dia, até legendas nas fotos se tornaram escassas. 
Uma pena. Ainda resisto a essas coisas, adoro escrever, ainda que no papel já seja raro. Tenho em minha bolsa um bloquinho e caneta pata anotações. Quem ainda tem? 
Esta semana chegou outra novidade: o Threads. 
A primeira rede social que é igual a uma concorrente (Twitter) e que é "espelho" de outra  do mesmo dono (Instagram) pois quando criamos um perfil, ele já agrega os nossos seguidores automáticamente. Nem trabalho para procurar as pessoas na internet pelas redes sociais nós temos. 
Mais uma brevidade da vida digital que ainda não nos ensinou como administrar tantas coisas e a vida offline. 
Temos que buscar o equilíbrio.
Acho que não devemos ficar totalmente nas cavernas nem totalmente conectados. É só conciliar aproveitando o melhor da cada mundo. 
Conecte - se para quando precisa praticidade e ganhar tempo e desconecte - se para aproveitar momentos que são únicos por inteiro. 
Se quiser, pode até fazer um breve registro mas muito breve mesmo porque temos um HD natural chamado cérebro que exige uso constante para que não perca sua função. 
Afinal se toda esta tecnologia existe é porque foi criada com a inteligência natural do ser humano. 
Evoluir não é exatamente abolir o antigo e deixar o novo mas fazer com que eles se completem. porque um não existe sem o outro



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