A primeira CCXP a gente não esquece

 

Quando entrei para o universo geek nerd em Dezembro de 2002 eu já imaginava que uma identificação imediata iria aconrtecer e não apenas isso. Eu iria conhecer pessoas novas, me conectar com quem jamais achei que teria algum contato. 
Desde aquela data em que. após assistir a um programa de TV, eu  me vejo preenchendo um cadastro na internet para entrar em um fã clube virtual brasileiro de James Bond 007 onde pessoas diferentes nos mais variados aspectos da sociedade tinham em comum o gosto pelo universo deste personagem celebtrado em todo o mundo. 
Apenas para encurtar a história, basta dizer aos leitores que possam ainda não saber que, entre outras coisas, a ideia deste blog nasceu a partir dessa minha "entrada" para um mundo muito maior e fascinante. 
Com o passar do tempo, fui me informando, participando de eventos e grupos de discussão em fóruns e até fazendo amizades, vencendo uma timidez retraída que dificultava um pouco a vida social fora do ciclo familiar.

Eu via pessoas se divertindo em encontros e eventos em livrarias para falar sobre cultura pop, cinema, literatura e outras coisas que me atraem mais do que as coisas que atraem a maioria dos familiares e amigos que eu tinha de antes dessa época. 
Encontrei minha "turma". 
Passei a acalentar novos sonhos. Já realizei alguns. 
Quinta - feira passada finalmente realizei um sonho que se tornou um dos maiores da minha vida como geek nerd: Ir ao maior evento dedicado à cultura pop que existe, a Comic Con Experience, ou simplesmente CCXP. 
Antes de continuarmos, um fato histórico sobre esse evento que, não só revolucionou a cultura pop no mundo todo mas também povoou meus sonhos por tantos anos. 
A primeira edição da CCXP aconteceu na cidade de San Diego, estado da Califórnia - E.U.A. no verão americano em 1970. Os criadores daquele primeiro evento foram o desenhista Shel Dorf, o proprietário de uma loja de revistas em quadrinhos Richard Alf, e o publisher Ken Krueger. Evento que permitia que fãs de HQ´s e autores pudessem interagir pessoalmente. Nada tinha a ver com Hollywood e suas produções cinematográficas e franquias que faturam milhões nas bilheiterias ou clicks simultâneos em plataformas de streaming. 
Com o tempo, o evento foi crescendo e se tornou atrativo para a indústria do entretenimento. 
As produtoras de cinema viram potencial  e passaram a usá - lo para lançar seus filmes e série em forma de traillers (teaser , como chamamos hoje em dia) para os fãs .
O evento da forma que comhecemos hoje em dia começou a ser realizado em Londres, Itália, Nova Iorque e Argentina. 
Aqui no Brasil, a CCXP realizou a primeira grande edição em 2014 trazido de fora pelo conglomerado de cultura pop Omelete. 
Aliás, a palavra Comic Con que dá o nome ao evento significa revista em quadrinhos ou gibis que hoje chamamos de HQ (Histórias em Quadrinhos). 
Eu sempre ouvi falar desse evento, sempre quis ir mas nunca pude, é um evento caro demais.
Este ano, devido a uma economia que fiz, consegui comprar os ingressos.
Comprei os ingressos no 1º lote em Abril pela internet. Os ingressos eram para o primeiro dia do evento, 5 de Dezembro. 
Eu fiquei muito ansiosa para esse evento pois para mim esse dia seria mágico e muito especial. 
Minha expectativa estava alta e, pra falar a verdade, eu estava precisando de algo assim impactante. 
Deus sabe a hora certa para fazer com que as coisas aconteçam e sabe também dosar nossas emoções. 
Os ingressos chegaram meses depois, bem a tempo para o evento. 
Receber aquele envelope que parecia mais uma carta comum dessas de assinatura de revista  para mim foi motivo de alegria. Meu coração disparou. Contei até três e respirei fundo. Ali estava minha "passagem" para um mundo mágico, um mundo que eu já tinha algum conhecimento e convivência porém, maior do que tudo que já tinha visto. 
Na véspera do evento eu procurei relaxar e seguir minha vida normalmente mas não pude deixar de pensar nas coisas que viveria. Viver o épico, como a própria propaganda do evento sugere. 
Parecia que eu estava sonhando ainda quando me arrumei em casa, coloquei minha camiseta com desenho de smoking para homenagear o personagem que de certa forma me trouxe para o convívio entre os geeks. Quando coloquei neu crachá e fui para o evento, percebi que não era sonho, era real.
Estava acontecendo. E, como foi bom ter com quem dividir esse momento. Minha tia foi comigo. Este é um programa pra se ir com família ou em grupos. É pra você levar alguém com você e divertir - se junto. 
Ao chegar lá, ainda na fila (mesmo grande) já me emocionei só de ver outras pessoas sentindo o mesmo, a maioria veteranos que já foram várias e várias vezes mas que, em seus corações e mentes ansiosas sempre era como na primeira vez. 
Entrando lá, tudo era grandioso e realmente épico. Luzes, sons, cores vindos de cada um dos stands distribuídos naquele espaço que se tornou um mundo à parte. 


Logo de cara fui no stand do + SBT. Um stand multicolorido e rodeado de objetos icônicos que pertenceram a Silvio Santos como seu microfone de lapela que ele usou como ninguém por tantos anos, um modelo alemão que foi sua marca registrada. O terno prateado do desfile da escola Tradição do Rio de Janeiro e a roupa que ele apareceu numa capa de revista quando foi fotografado durante as férias em Orlando - E.U.A. em sua casa. Período em que ele costumava se refugiar da fama e se permitir ser apenas um homem comum. 
No mesmo stand tinha uma reprodução da "banheira do Gugu" decorada com bolinhas no lugar da água e dos sabonetes, a roleta de prêmios do Sábado Animado e uma máquina para o públici tirar fotos e sair com a aparência de Chaves, Chapolin ou Silvio Santos. Escolhi o Chapolin. 
E na lojinha lotada de Silvios e Silvinhos comprei um pin com o microfone do "patrão" e ganhei um broche que minha tia me deu com o Silvinho. Ah, tirei foto na caixa  gigante do Silvinho Turista "junto com o boneco". 


Nesse evento, vários artistas ligados à cultura pop costumam fazer aparições e painéis para divulgar seus trabalhos e encontrar os fãs pessoalmente para conversar, tirar fotos e autógrafos. O "meet & greet" para aquelas pessoas que possuem credenciais especiais ou pagam um valor à parte e também painéis para todos os fãs do artista em palcos diferentes mas, neste caso não são permitidas fotos com a pessoa. 

Muitos estavam lá, não vou citar todos os nomes mas só dizer que fiquei feliz em ter assistido ao painel com Vicent Martella, o Greg de Todo Mundo Odeia o Chris. Ele já esteve outras vezes em terras brazucas e eu acompanhei tudo por TV, internet e redes sociais e na CCXP foi minha oportunidade de ver ao vivo ainda q um pouco de longe. Não fui para o meet & greet mas mesmo assim fiquei feliz. Que carinha gente boa, levou a entrevista com carinho e bom humor. Entrou nas brincadeiras , zoou e foi zoado e, mesmo quando não conseguia entender alguma piada, alguém o explicava e ele dava um show de simpatia. Consegui tirar uma foto dele no palco através do telão e vou guardar de lembrança porque, de verdade, foi muito bacana Não sei se algum dia chegarei perto dele mas já fiquei feliz. Desejo a ele muito sucesso e que seja sempre muito feliz. 
Em tempo: ele ganhou três presentes muito brasileiros: um chinelo de dedo com "prego" segurando pra ele usar na rua como trave pra jogar "soccer" com a galera, um CPF gigante, de mentirinha, claro, em que o nome dele foi aportuguesado para Vicente e, o mais hilário de todos: um pano de prato escrito: "O Brasil me obriga a beber" que ele jogou no ombro da mesma forma que as donas de casa aqui fazem. Parecia estar em casa. Estava muito feliz. Fico só pensando nele tentando explicar pra família o contexto desses presentes engraçados. 
Outro momento engraçado foi ele tentando entender a letra da música do Bonde do Tigrão e dançando, principalmente na parte que diz: "Martela, martela, martela o martelão" já que essa frase faz um trocadilho com o sobrenome dele. Até isso fizeram e eu não achei que fossem fazer. Tadinho, demorou pra entender mas de certo explicaram pra ele depois. 



Também tirei fotos no stand da globo/Globoplay num cenário imitando o jardim do BBB. Muito perfeito. Tinha até o Big Fone que tocava de verdade mas eu não atendi. Enquanto estive la, ele não tocou. Quem atendesse ganhava brindes desde que no momento que o telefone tocasse a pessoa estivesse dentro do stand. E tinha também a reprodução da mansão da família Roitman de Vale Tudo. Linda, perfeita a sala. Igualzinha a da novela de 1988. E eu esqueci de tirar a foto. Eu podia ter lembrado de vestir uns acessórios que tinha lá parecidos com a Odete Roitman que é minha personagem preferida na novela e tirar uma foto. Falha minha. Tinha de outros personagens também. Personagens masculinos inclusive. 





E, quem não se lembra do castelo de Grayskull do He Man? Uma réplica do Castelo de Grayskull em comemoração aos 40 anos de He Man no Brasil onde tem até uma "academia" que você brinca de levantar peso . Muito interessante.  Eu fui brincar também. "Treinar para ser como a She Ra" 




Não deu pra ver tudo. Só pude comprar pra um dia mas com certeza foi um passeio muito divertido e, quem sabe um dia eu volto pra reviver o épico. 
Obrigada CCXP 24 por ter sido tão especial e inesquecível para mim. 





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