Bond Music: Licença para inovar e emocionar

 Foto Original: Instagram @gemeosdocinema

Antes de iniciar este post, tenho o dever de esclarecer a vocês que demorei muito a escreve - lo por diversas  razões. 
Vou apenas mencionar a principal delas: eu tive um bloqueio criativo causado pelo enorme impacto emocional proporcionado por este evento e tudo que o cercou. 
Para quem chega neste blog agora, seja bem vindo (a), saiba que eu o criei há quase 20 anos para falar um pouco de tudo aquilo que gosto, tudo que me impacta e alguns momentos inesquecíveis. Não tenho compromisso de imparcialidade. Sou apenas uma pessoa que sempre gostou de escrever para passar o tempo e me expressar livremente. 
Logo de cara vocês devem ter notado que o nome do blog é uma referência clara e direta ao personagem James Bond e meu fascínio por ele. Apesar de não ser um espaço exclusivamente dedicado ao agente secreto. 
Agora que já esclareci tudo por conta da demora em abordar um assunto datado e meio que me apresentei ao novo público de leitores que espero, venham através deste post, vamos a ele. 
Como acabei de dizer, tudo o que envolve o mundo de James Bond me atrai. Sou fã do personagem há 40 anos (desde os meus 6 anos de idade, quando assisti ao primeiro filme, Com 007, Viva e Deixe Morrer - Live And Let Die - 1973 na Sessão da Tarde da Rede Globo) 
Em 2002 conheci outros fãs pela internet, passei a participar de eventos, conversar, trocar ideias, descobrir coisas inimagináveis e correr atrás de itens básicos: livros, filmes e trilha sonora, além de fazer amigos. 
O que parecia ser algo familiar na verdade, era um mundo novo para mim. Pessoas de todos os tipos e idades que "falavam a mesma língua" que entendiam as referências e se empolgavam com a mesma coisa. Foram muitas descobertas um tanto curiosas. 
James Bond é algo imenso, eu não tinha ideia do que esse personagem realmente significava para a cultura pop mundial e o quanto influenciava o e deixava sua marca impressa como referência única, onde mesmo quem não gosta o reconhece.
Descobri por exemplo que a música de 007 tem todo um ritual desde sua criação que passa pela  composição, a escolha do cantor, a gravação até chegar o dia do aguardado lançamento. 
Não é uma simples trilha sonora, é um estilo musical próprio como tudo o que envolve este personagem. O estilo é reconhecido em qualquer lugar do planeta e associado imediatamente à riquíssima cultura britânica.
Na casa de um Bond maníaco, a música de Bond não pode faltar. Seja em qualquer formato físico ou digital, todo fã  a consome em algum momento e das mais diversas formas.
O que pode fazer da música de James Bond algo único na minha opinião é o estilo sofisticado e elegante de uma orquestra com o toque moderno do pop numa mistura perfeita com a exata dose de cada elemento.
Por vezes as músicas têm adaptações e releituras ousadas mas sem perder a essência delas. 
Foto: arquivo pessoal 
Fora as gravações originais, eu conheci  três versões que me deixaram surpresa. Uma delas foi a versão do Guns in Roses para Live And Let Die de Paul Mc Cartney e os Wings gravação original de 1973; a outra foi uma compilação feita por David Arnold: Shaken and Stirred  - The David Arnold James Bond Project de 1997, onde o compositor David Arnold, famoso por várias trilhas de filmes, (incluindo algumas de Bond como Tomorrow Never Dies, trabalho para o qual Arnold foi recomendado pessoalmente por John Barry - compositor clássico dos temas de 007 para a produtora Barbara Broccolli) reuniu cantores dos mais diferentes estilos musicais para gravarem suas próprias versões para as trilhas dos filmes.
Cabe ainda dizer que David Arnold também é fã do personagem desde pequeno. É "um dos nossos" 
Recentemente assisti a uma série de lives promovida por dois irmãos da cidade de Ribeirão Preto - SP, Marcos e André de Castro: o documentário musical Bond Music que foi realizado entre os dias 25 e 30 de abril deste ano transmitido pelos canais do YouTube Gêmeos do Cinema e JamesBondBrasilTV (onde os vídeos ainda podem ser vistos). 




Foto: arquivo pessoal




Foram seis noites (bem que poderiam ser sete) de muito glamour, como tudo que rodeia este universo tão particular e único, que define a atmosfera bondiana das coisas. 
A cada noite, cantores dos mais diferentes estilos: as bandas Kilotones e Chavala e as cantoras Gika Bacci e Fernanda Marx emprestaram seu talento e personalidade para dar uma nova vida e uma roupagem moderna para essas músicas que há tanto tempo embalam nossos filmes preferidos. 
Faltaram palavras para descrever tudo o que senti. Momentos de encantamento puro, de sensibilidade, beleza e arte. Isso sem contar o bom humor, irreverência e o jeitinho "mara" de André e Marcos de Castro que ao longo do documentário musical conta curiosidades sobre James Bond  sem serem didáticos e ao mesmo tempo apresentando este personagem fascinante para quem não o conhece. 
Entre as músicas, escolhi minhas preferidas. A versão do Kilotones para Another Way to Die do filme Quantum of Solace (2008) foi muito melhor do que a original, gravada por Alicia Keys e Jack White. 
Também destaco a diva Gika Bacci, que fez uma versão lindíssima para Skyfall (2012) da diva inglesa Adele e a versão da poderosa Fernanda Marx para Goldeneye (1995), a sambadinha de leve do Chavala em Thunderball (1965), Kilotones com You Know My Name, de Chris Cornell (2006). E não posso me esquecer da sofisticação da Orquestra Alma, absolutamente impecável. 
Se on line já foi tão grandioso, imaginem o impacto que será ao vivo quando shows e eventos culturais voltarem a acontecer. Quem sabe? E quem sabe esse evento seja inspiração para tantos outros  dedicados ao espião mais famoso do mundo e mais amado por mim. 
Que semana inesquecível, valeu cada segundo! 

Redes sociais oficiais: 

Gêmeos do Cinema: @gemeosdocinema
Orquestra Alma: @alma_ribeirao
Chavala: @chavalabanda
Fernanda Marx: @femarx_cantora
Gika Bacci: @gikabacci
James Bond Brasil: @jamesbondbr
Bondcast Brasil: @bondcastbr

Dedicado com carinho a André e Marcos de Castro, Bondcast Brasil, James Bond Brasil, Orquestra Alma, bandas Chavala e Kilotones. cantoras Fernanda Marx e Gika Bacci e à memória de John Barry, pois sem suas composições este evento jamais seria realizado. 





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