NFL no país do soccer
Minha história com a NFL não começa com esta foto a princípio sem sentido.
Ela começa no final da temporada 2012/2013, mais específicamente no último jogo. (leia o texto neste link caso queira matar a curiosidade https://bondgirlpatthy007.blogspot.com/2013/02/eu-e-o-superbowl.html )..
E desde os primeiros instantes dela, o futebol americano desperta sentimentos de estranheza (hoje em dia nem tanto), curiosidade, emoções intensas, diferentes de qualquer outra sentida por conta de esporte. Talvez comparável a uma Copa do Mundo ou campeonato de times com decisão por pênaltis. Aquele último segundo que define tudo.
Logo que fui apresentada ao mundo do football, amigos já diziam que aqui no Brasil, no país do eterno Rei Pelé, o rei do soccer (assim os americanos e britânicos chamam nosso futebol da bola redonda), haviam muitos fãs apaixonados do football da bola oval.
Esses fãs acompanham tudo, conhecem os jogadores e sabem algumas regras. E a maioria deles tem seus times do coração como acontece com o nosso "soccer", a ponto de produzir seu próprio conteúdo em bom português com o toque de brasilidade que só tem aqui. Tanto que, com o passar dos tempos, todo esse amor e dedicação chamou a atenção da NFL, a liga de futebol americano dos Estados Unidos.
Essa onda começou devagarinho lá em 1994, antes mesmo da internet com Luciano do Valle (IM) narrando jogos na TV aberta por 4 anos. Eu nem acredito que soube disso tão tardiamente só na ocasião do falecimento dele em 2014, enfim...Fato é que foi plantada no coração de algumas pessoas uma sementinha que germinou a paixão pelo futebol americano. E a sementinha cresceu, ganhou força e deu frutos ainda mais fortes do que ela.
Guardem bem esta data, horário e lugar: 06 de Setembro de 2024. Nove e quinze da noite. Neo Quimica Arena. Vespera do feriado da Idependência do Brasil. Philadelphia Eagles, o time da águia, um dos símbolos dos Estados Unidos e Green Bay Packers, os cabeças de queijo com seu tradicional uniforme verde, amarelo e branco que lembra as cores do Brasil, motivo pelo qual tem muitos simpatizantes por aqui.
A entrada dos times um show à parte, um espetáculo de encher os olhos de qualquer um e emocionar.
A bandeira brasileira atravessando apoteótica as extremidades do campo e aplaudida por todos. A execução dos Hinos Nacionais de Estados Unidos (Zeeba) e Brasil (Luísa Sonza) que pelo menos não desafinaram nem erraram letra. Deu pro gasto.
E o jogo? Para quem não conhece, o espanto.
Para quem já conhece foi emocionante.
Já no começo, as primeiras jogadas ágeis e precisas. Faltas, a flag jogada ao chão e como consequência, o árbitro "conheceu" algumas frases comuns nos nossos jogos de futebol: "Ei, juiz, vai ***" e o narrador Fernando Nardini rindo ao contar, adaptando a "rima" impublicável para não falar palavrão na TV. Ficou ainda mais hilário. Football não é só jogo de estratégia. Também é diversão. E como! Inclusive quando você não escolheu alguém por quem torcer. Observar é uma delícia.
E quando o jogo é no estádio do seu time de "soccer" preferido? Melhor ainda. Dá um orgulho sabe. Aquece o coraçãozinho. Fiz questão de vestir meu cachecol mesmo que fosse para assistir pela internet.em casa. A mesa do computador decorada em frente ao monitor/TV especialmente para a ocasião foi uma boas vindas simbólica.
Vibrei muito quando saiu o primeiro "field goal "(Xavier McKinney do Packers) e o primeiro "touchdown" (Saquon Barkley do Eagles). A história escrita na NFL, no Brasil e na Neo Quimica Arena com seus "dois maiores artilheiros do football" (risos).
Teve o show do intervalo, na verdade mini show com a Anitta. Foi a única parte que nem prestei atenção só vi que ela estava entrando. Nem fiz questão de prestar atenção em música nenhuma.
Aliás, para mim, e creio que para muitas pessoas, quem cantou no show do intervalo, antes mesmo do intervalo foi o público presente. Além de gritos de "Timão eo, Timão eo" para saudar o time do Eagles quando entrou com seu uniforme 2 nas cores preto e branco, abrindo mão da cor verde metálico predominante em seu uniforme principal. Encarei como uma espécie de "gentileza" com o Corinthians que estava sediando o evento.
Gentileza ou não, não me importei com detalhes como esse até porque, adversários tradicionais usam suas cores quando jogam o soccer em qualquer campo. O Packers usou seu uniforme 1 com a tradicional jersey verde.
Voltando a falar da cantoria do público, em um dos pedidos de tempo técnico, o público inteiro cantou "Evidências", eterno sucesso da dupla Chitãozinho e Xororó acompanhando o som ambiente. Cantaram a plenos pulmões e não teve quem não parasse para ouvir.
Outros narradores eu não sei mas Fernando Nardini comentou o fato curioso e teve de se controlar para não cantar junto porque isso é contagioso se você for nascido no Brasil.
Inclusive, eu acharia bem mais legal terem convidado Chitãozinho e Xororó para fazerem o show do intervalo. Questão de gosto meu apenas.
Depois do show do intervalo teve mais jogo já que o football é disputado em quatro quartos de quinze minutos. Muita coisa ainda estava por vir.
Viradas incríveis, jogadas memoráveis, muita emoção. Teste pro coração da galera do estádio, das fan fests, barzinhos e de casa onde quer que alguém tivesse acompanhando tudo acordado sem dar um único cochilo.
Ponto aqui, ponto ali. Viradas inacreditáveis numa disputa que parecia interminável.
Lesão de Jordan Love a 22 segundos do fim até que... Jake Elliott nos segundos finais marca o field goal decisivo. Placar final: Eagles 34 Green Bay 29. E a história do football escreve seu primeiro capítulo no país do soccer.
E depois, ainda tem pessoas que não entendem como tem gente que gosta desse esporte. Eu só precisei conhecer pra gostar.
Parabéns pelo texto !!!
ResponderExcluirObrigada
ExcluirParabéns Paty não assisti o jogo mas achei o seu texto muito interessante.Parabens.
ResponderExcluirQ bom q gostou. Obrigada pela visita. Pode ler e comentar o quanto quiser. Bjs
Excluir