Minha visita à Taça Libertadores da América



Taça Libertadores da América no espaço dedicado à ela no Memorial do Corinthians



Mãos postas, no escuro, iluminada apenas pela luz da TV de meu quarto que transmitia uma novela que estou acompanhando. Em silêncio como numa prece, radinho de pilha desligado mas pronto para confirmar (ou não) gritos de gol dos vizinhos e coração acelerado mais que o normal. Assim acompanhei ao jogo final da Libertadores da América entre Corinthians e Boca Juniors. Foi assim que vi a história recente acontecer diante de meus olhos qual um filme digno de um Oscar. Após comemorar muito, gritar e acordar a casa, pegar meu cobertor, colocar nas costas e sair gritando feito doida no quintal, fui dormir feliz da vida achando que quando acordasse tudo voltaria ao "normal".



A ficha só começou a cair nos dias seguintes onde comemorações e reportagens confirmavam que eu não tinha visto um filme mas sim que era vida real.
Parece brincadeira mas em plena sexta - feira 13 a Taça Libertadores finalmente foi conduzida ao Memorial do Corinthians numa linda festa como só o Corinthiano é capaz de realizar. Fogos, bateria de escola de samba e papéis prateados picados. Era meio dia e uns minutinhos e eu ouvia tudo do vestiário feminino da escola de natação onde acabava de calçar as meias e sapatos. Mesmo sem ver, meu coração me avisou descompassado de alegria. 
A conquista aconteceu num 4 de julho importantíssimo para a humanidade quando cientistas descobriram uma partícula  que pode ser a prova do início da vida na Terra, apelidada de "partícula de Deus", confirmando a teoria do físico  Peter Higgs. Por essas e outras que a primeira Libertadores do Corinthians só poderia acontecer num dia tão especial e importante, para ficar marcado para todo o sempre.
E 23 horas e alguns minutos depois lá estava eu, na enorme fila que se formava do lado de fora do clube cheio de Corinthianos das mais diferentes idades, condições sociais, econômicas e religiosas aguardando para visitar a mais nova e inédita conquista do clube. Não demorei muito para entrar. Além de ser sócia desde 30 de abril de 1997, tenho também preferencial em qualquer fila.
Foi lindo ver a Taça num grande painel reproduzindo um mapa das Américas onde marcavam os lugares onde foram disputados os jogos e também a chuteira que imagino ser de Émerson Sheik que marcou os dois gols e a bola do jogo histórico.
Tirei fotos ao lado da Taça. E mesmo através do vidro, nota - se a sua imponência e importância. Bem que me disseram que era linda. Achei grande também pelo tamanho. Difícil descrever. Só quem a conhece de perto sabe o que estou querendo dizer.
A Libertadores é do Corinthians, título invicto, depois de uma espera de 35 anos (se contarmos desde 1977 quando o clube participou da competição pela primeira vez).
Um marco em 101 anos de história (adversários façam direito as contas pois ainda não estamos em 1º de Setembro que é quando o clube completa o próximo aniversário e não se esqueçam que para ter 2 ou 3 títulos, todos devem começar pelo primeiro).
Obrigada Corinthians, obrigada Sheik, Romarinho, Tite. Meu muito obrigada eterno para vocês. Como é bom ser Corinthiano, quem é sabe o que significa tudo isso nem precisa que eu explique. Quem não é, sinto muito. Por mais que eu explique, jamais entenderá. Afinal não se explica um sentimento inexplicável como este seja ele na glória da vitória, na lágrima de uma derrota ou numa volta por cima como esta conquista. Corinthians meu Eterno e Grande Amor para o que der e vier!




Achei a plaquinha do Corinthians colocada lá
de forma invicta
Além de grande pela importância também é grande no tamanho
Neste radinho ouvi os jogos até as semifinais. Ele me acompanha
desde a Série B em  2007
























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