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Mostrando postagens de 2018

De uma fã para Hebe Camargo

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Eu tinha quase doze anos quando numa terça - feira assisti na TV ao primeiro programa Hebe que estava estreando no SBT. Bailarinos vestidos de fraque e cartola e bailarinas com plumas brancas dançavam e ladeavam a entrada do palco. Uma cena mágica que mais parecia vindo de um musical americano de teatro, desses clássicos dos grandes shows da cidade de Las Vegas que podemos ver em filmes.  Entre os bailarinos surge Hebe Camargo, como uma rainha em seu lindo vestido preto e branco brilhante e umas ombreiras largas. Ela pega seu microfone e as fichas do programa e vai cumprimentar amigos e fãs. Gostei de ter visto aquilo porque, sendo mulher, o brilho e a beleza dos vestidos longos, jóias, acessórios e elegantes sapatos de salto alto (que infelizmente jamais poderei usar por causa de um problema de nascença) me fascinavam.  E nunca tinha visto uma mulher vestir essas peças com tamanha elegância e assim permanecer até o fim do evento a não ser, claro, a saudosa Lady Diana que foi

Meu nome é Bond...James Bond - Capítulo 9 - Chantagem Atômica (1961)

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Estou de volta para o nono capítulo da nossa série sobre livros/filmes de 007. Andei ausente de escrever porque atrasei outras leituras que nada tinham a ver com James Bond. Nunca prometi que seria uma série com uma data certinha para escrever, apenas continuaria cumprindo o ritual de ler o livro, ver o filme e postar. Como diz um querido amigo, também fã de 007 e que certamente está lendo os posts (estou me referindo à você mesmo Serginho, se não leu nenhum, vai ler que você vai gostar), isto posto, sem mais delongas, vamos ao nosso assunto de hoje, Chantagem Atômica. É importante lembrar mais uma vez que devemos considerar o fato que a obra de Ian Fleming foi escrita num tempo em que muita coisa era permitida nas estorias e também na vida real. Aliás, não só 007 mas qualquer obra, seja literária, filme, música, é feita de acordo com a data em que é elaborada não tem a obrigação de ser mudada conforme vai passando o tempo.  A trama do livro traz à tona as bombas atômicas e

Meu nome é Bond... James Bond - Capítulo 8 - Somente Para Seus Olhos (Para Você Somente) (1960)

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H oje estamos de volta para falarmos novamente  dos livros e filmes de James Bond.  Já passamos da metade de nossa aventura. E neste oitavo capítulo, Ian Fleming nos traz um livro bem diferente: ao invés de uma única estória escrita num livro temos uma coletânea de contos independentes que nos trazem um 007 mais intimista pois nos falam de algumas peculiaridades do personagem fugindo um pouco da aura de investigação e mistério e aproximando - nos mais do "lado humano" de James Bond.  Ian Fleming costuma fazer referências de missões passadas nos seus livros. Neste, por exemplo, ele começa a nos falar sobre a missão citada em Goldfinger, retratada no conto "Risco" nos trechos iniciais. Nesta passagem é falado em poucos parágrafos sobre o combate ao tráfico de drogas no México. Durante as investigações, ele se depara na rota de Enrico Colombo. Fica evidente para 007 que Colombo é de fato o traficante que procura mas o tempo lhe mostra que Kristatos é o respons

Meu nome é Bond...James Bond - Capítulo Especial - Shaken not stirred, um brinde a um grande fã

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Marcos Kontze em Londres Foto: arquivo pessoal Hoje, dentro da minha série sobre Ian Fleming não vou falar de um livro/filme. Vou abrir espaço para prestar uma merecida homenagem a um querido amigo que entrou na minha vida através de James Bond, um personagem que ambos somos muito, muito, muito mas muito fãs mesmo.  O engraçado é que no começo conversávamos pela internet porém não nos conhecíamos pessoalmente mas algo incomum nos aproximava tanto que parecia até que éramos bons vizinhos desde a infância. O cinema nos encanta com coisas mágicas fora das telas. Coisas que duram uma vida mas que os filmes jamais mostrarão porque essas coisas não tem forma, nós apenas as sentimos e não raras vezes, também compartilhamos.  A história que vem a seguir, trata - se de uma história real porém, poderia perfeitamente ser um conto de fadas com algumas substituições dos elementos que compõe esse tipo de narrativa. Era uma vez, um menino que se chamava  Kontze... Marcos  Kontze. E

Amor Proibido: Um "amor" impossível de esquecer

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Logo original da novela Amor Proibido Arte: Kanal D Turquia Esta não é a minha primeira experiência assistindo novelas estrangeiras e também não é a primeira vez que assisto uma novela de um país totalmente diferente dos que estou acostumada, seja ele o Brasil ou mesmo qualquer outro que fale inglês ou espanhol. Eu nunca tive esse negócio de "novela boa é só na Globo ou só tem na Globo". Das novelas nacionais que já acompanhei, vi algumas em outras emissoras como Record TV e SBT. Algumas vezes me arrependi, outras vezes não.  Já me arrependi até mesmo em acompanhar novelas da própria Globo, cujas propagandas prometiam uma grande estória que, por vezes, esta "grandeza" era construída apenas na propaganda para atrair a audiência. Nem sempre isso funcionou comigo.  E às vezes, uma novela que não era tão comentada espontaneamente e seus personagens não eram tão populares, reservavam surpresas inacreditáveis, seja pela estória, personagens ou locações de filmag

O Código Dan Brown

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Dia 22 deste mês, o escritor Dan Brown completou mais um ano de vida Nunca é tarde para prestar uma homenagem para uma pessoa cuja imaginação nos leva a lugares exóticos e por meio de símbolos e códigos, nos instiga a pensar e decifrar seus mistérios. Ao invés de uma biografia, irei contar como conheci os livros de Dan Brown. Era o ano de 2004 quando terminava mais uma aula de natação. Meu professor à época e eu éramos muito amigos (somos até hoje) e gostávamos muito de conversar durante os minutos finais das aulas para relaxar. Numa dessas conversas, ele me disse que fazia tempo que tinha notado que eu sempre levava  um livro para passar o tempo enquanto esperava meu horário de aula. Ele então fez uma pergunta que provocou uma reação em cadeia em mim: - Você já leu O Código da Vinci? - Ainda não -  Respondi. Imediatamente ele começou a falar de um tal simbologista chamado Robert Langdon. E que este personagem no livro investigava os mistérios ocultos por trás das obras do

Meu nome é Bond... James Bond - Capítulo 7 - Goldfinger (1959)

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Voltamos com nossa série especial sobre os livros de Ian Fleming e filmes de James Bond. Estamos na metade do caminho para desvendar esse maravilhoso mundo da espionagem nos livros e nas telas do cinema.  Este sétimo capítulo nos reserva o livro que fez de 007 um verdadeiro ícone da cultura britânica e da cultura pop mundial, fazendo do personagem um verdadeiro fenômeno, vendendo livros como água no deserto e lotando cinemas em todas as sessões além de ditar moda com artigos diversos que levavam a marca 007. Todos queriam "ser Bond".  Nesta estória, Bond inicialmente está numa missão no México, combatendo o tráfico de drogas. Enquanto saboreia seu uísque duplo, está conversando com Junius Du Pont. Ele diz a Bond que perdeu US$ 25.000,00 num jogo de canastra para o joalheiro internacional com o sugestivo nome de Auric Goldfinger. A canastra é o hobby favorito de Goldfinger. Apesar de muito rico, o vilão gosta de tirar dinheiro de outros jogadores claro, com uma pequen

Meu nome é Bond...James Bond - Capítulo 6 - 007 Contra o Satânico Dr. No (1958)

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Hoje recomeçamos nossa trajetória analisando na ordem os livros de Ian Fleming e suas adaptações para o cinema com um título especial: 007 Contra o Satânico Dr. No. Apesar de ser o sexto livro, foi através deste  título que James Bond ficou conhecido nas telas do cinema.  No livro vemos uma estória um pouco fora dos padrões literários usados na espionagem tradicional abordada por Ian Fleming. Ele quis entrar num mundo um pouco menos espionagem clássica e mais ficção policial . Nesta aventura, James Bond viaja à Jamaica e lá, com a ajuda do velho amigo Quarell (uma mistura de cicerone com espião) vai à procura de um"vilão invisível". Dr. No é apresentado à todos apenas no capítulo 14. Essa técnica inovadora do autor é um dos atrativos do livro, talvez o maior deles. Imprime a atmosfera de enfrentar o desconhecido. Fleming quer  atrair o leitor, fazê - lo ser um "segundo Quarell" auxiliando 007 em sua missão e pensando em como resolver o caso, dando - lhe el