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  Hoje, último dia de 2022, o mundo deu adeus ao Papa Emérito Bento XVI.  Ele já estava afastado da vida pública  desde que renunciou ao cargo por motivos de saúde em 28 de fevereiro de 2013. Alegava não ter ânimo ou forças para seguir em frente com seus deveres de Pontífice e Chefe de Estado .  Estou consternada com a notícia de sua partida.  Ainda mais que tive a oportunidade de vê - lo de perto quando Sua Santidade Emérita, ainda na condição de Papa esteve no Brasil para a  abertura da Quinta Conferência Geral do Episcopado Latino Americano em Aparecida - SP que, entre outras coisas, foi marcada também pela canonização de Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, mais conhecido como Frei Galvão, o primeiro santo nascido em solo brasileiro.  Há 15 anos consegui vê - lo bem de perto. Me planejei para estar no lugar certo e na hora certa.  Vou lhes contar tudo, nos mínimos detalhes. Por volta de umas 11 da manhã, Vossa Santidade Emérita regressou do Campo de Marte, seguido por seus seguranças

 Ser fã de James Bond além de ser muito divertido, também é muito gratificante porque adquirimos conhecimento de uma outra cultura, conhecimento literário, nos divertimos com certo requinte e bom gosto, viajamos por verdadeiros paraísos na Terra sem precisar sair de lugar e claro, escapamos por duas horas no mínimo de uma realidade muitas vezes dura  do dia a dia enquanto estamos nos divertindo.  Além disso, temos a oportunidade de conversar com pessoas interessantíssimas ou mesmo reencontrar pessoas que nunca pensamos que iremos rever em lugares aleatórios. Num dia qualquer, num lugar improvável, tudo começou com esta foto aí do lado.  Estava eu numa Jedicon, um evento que frequento desde 2003 passeando tranquilamente como sempre e  acompanhada por minha tia depois de dois anos sem eventos e sem ver os amigos quando esses rapazes resolvem conversar comigo.  Sem saber, eu fui reconhecida (e reconheci) um deles de um outro evento, este sim relacionado a 007  numa situação inusitada. Um

 Num dia qualquer, em sua casa de veraneio na Jamaica, Ian Fleming, jornalista, escritor, comandante da Marinha Britânica e herói de guerra, escreve as primeiras linhas de um despretensioso livro onde conta as aventuras de um tal agente secreto James Bond, do MI-6, serviço de inteligência do governo do Reino Unido.  Fleming queria apenas "passar o tempo" durante as férias e escapar, segundo ele mesmo, da vida monótona de um homem casado.  Os livros de Ian Fleming com as estórias do agente do MI-6 logo fizeram muito sucesso, sendo vendido aos montes a preços populares para leitores de todas as camadas da sociedade britânica.  Por onde quer que se olhasse alguém lendo, certamente encontraríamos nas mãos de alguma  pessoa um livro com as aventuras de James Bond 007.   O Reino Unido precisava de um herói que lhe devolvesse o orgulho patriótico perdido em função da crise econômica.  Um acordo direto entre Ian Fleming e os produtores de cinema Albert Broccolli e Harry Saltzman dava

Sou uma das pessoas no mundo que, mesmo sem ser britânica, acompanha e admira a família Real e o reinado de Elizabeth II.  Lembro que comecei a acompanhar tudo que era notícia a partir do casamento real de Charles e Diana e não parei desde então. Sempre com entusiasmo, curiosidade e respeito dependendo da ocasião. Além dos momentos mais descontraídos, mais pop.  E não só a vida real em ambos os sentidos desta palavra: a vida de verdade e a vida de uma família de cabeça coroada como também a vida apresentada através de filmes, documentários, séries da ficção.  Eram nos noticiários de TV antes mesmo da internet que as informações chegavam até mim.  Com a internet comecei a acompanhar ainda mais pois com ela, a notícia ganhou uma velocidade inimaginável em tempos passados.  Eu tenho apenas 47 anos e de lá pra cá vi casamentos reais, nascimentos, separações, compromissos públicos, mensagens de Natal, visitas de chefes de estado e funerais de membros da realeza britânica, fofocas e persegui

  AVISO IMPORTANTE: O texto não contém inclinação política de nenhuma natureza. Trata - se exclusivamente da biografia da ex - Primeira Dama dos Estados Unidos da América Quando me deparei com o livro Minha História de Michelle Obama, imaginei encontrar apenas uma história cheia de simbolismo  e para minha surpresa, acabei encontrando a história de uma mulher que não se conformou com o que o destino poderia lhe reservar.  Contrariando o óbvio, ela foi à luta para ter espaço em uma sociedade em que os afrodescendentes não tinham vez nem voz. Nascida na periferia de Chicago, Michelle LaVaughn Robinson, levava uma vida bastante humilde ao lado dos pais e do irmão mais velho numa residência de comunidade.  Mesmo com poucos recursos, tanto Michelle quanto seu irmão Craig eram providos de grande inteligência e nunca pouparam esforços em busca de conhecimento e de um dia terem um diploma universitário e um trabalho honesto e digno para sobreviver.  Eles estudaram em escola pública e eram alun

Quem me acompanha neste blog há bastante tempo nem precisa ser da minha família nem ter amizade para perceber que os livros são minha paixão, meu "vício" bom e incurável.  Devem saber também o quanto amo olhar uma vitrine de livraria ou mesmo entrar em uma, seja para comprar ou não .  Aqui no blog, vocês também já viram vários textos meus sobre livros. Várias resenhas e alguns relatos de sessão de autógrafos. Obviamente que também amo frequentar a Bienal do Livro.  Gosto dessa multidão literária que sai de suas casas, enfrenta trânsito com seus carros ou faz uso do transporte público até o metrô para pegar o ônibus fretado da Bienal. Tudo em busca de trocar ideias e adiquirir conhecimento e cultura com outras pessoas, ver as novidades antes delas estarem nas livrarias e claro, conhecer aquele (a) autor (a) que você ama, tirar foto e pegar um autógrafo com dedicatória naquele exemplar do livro que você comprou. Para ler e guardar na sua estante e no seu coração.  Todos os anos

 Ontem finalmente completei minha imunização contra o Covid .  E só não escrevi ontem porque a reação foi avassaladora. Diferente das outras vezes, não tomei a vacina da Pfizer, tomei a vacina da Jansen . E a reação foi imediata.  A dor no local da aplicação incomodava como beliscões contínuos e mal dava para mexer meu braço. Aos poucos essa sensação  foi aumentando com. Após o jantar tomei um remédio para a dor passar e fui para a cama.  Senti um calafrio quase incontrolável e sono. Sabia que era uma reação e que tudo ficaria bem com muito repouso e o passar das horas.  Ali percebi o quão reparadora é uma noite de sono tranquilo e o quanto isso é vital para a boa saúde. Dizem as piadas da internet que a vacina da Jansen e também a Astrazenica "batem no virus sem dó" como acontece no filme Tropa de Elite quando o Capitão Nascimento (Wagner Moura) interroga seus inimigos. Ele usa de métodos nem um pouco amistosos. E como gosto muito de cinema, me diverti bastante tentando imag

 Hoje quero apenas uma coisa. Deixar aqui registrado um agradecimento muito grande.  Nunca escrevi sobre ser agradecida por alguma coisa apesar de sempre ter sido grata pela vida principalmente.   Refleti muito nesses dois anos em que o mundo inteiro passa pela mesma coisa: uma pandemia que está controlada (não extinta), graças à vacina. Tomei todos os cuidados para não ser mais uma das milhares de vítimas da pandemia. Eu passei totalmente ilesa por tudo isso. Tive medo, tive dúvidas e perdas  mas nunca perdi a fé. E nem poderia. Até porque eu sou um milagre.  Desde que nasci eu lutei muito pelo direito de viver.  Primeiro, dizem que passei muito da hora de nascer e que ao vir ao mundo eu não chorei. Quase que minha mãe e eu morremos durante o parto. Depois de algum tempo fui internada no hospital, desenganada e cheguei a receber o batismo às pressas para não continuar pagã caso morresse. Os padres costumam fazer isso para bebês que estão muito doentes e fracos.  Ainda muito pequena, j

AVISO IMPORTANTE: O texto trata exclusivamente de uma análise atemporal da novela feita sob contexto de época. NÃO HÁ conotação política de nenhuma natureza.  Há 70 anos, famílias inteiras de brasileiros se acostumaram a sentar em frente à televisão todas as noites para acompanhar as novelas. Durante um período de seis a oito meses, o público se envolve no enredo elegendo seu herói, seu vilão e seu casal preferido.  E algumas vezes bancam o agente secreto na solução de um mistério que move, conduz e até mesmo salva a trama como por exemplo, o clássico quem matou personagem tal.  O autor joga pistas que durante o desenrolar do mistério são minuciosamente analisadas de um outro ponto de vista para fornecer aos personagens evolvidos e ao público o raciocínio para resolver esse mistério que muitas vezes  paralisa um país inteiro em frente á TV e tanto a investigação quanto o desfecho causam mais impacto até do que qualquer fato da vida real. Ainda conservo esse hábito e não só assisto nove

 Se alguém perguntasse a você  alguma coisa tradicional para se fazer em casa no domingo, certamente suas respostas seriam: almoço em família, normalmente com sogros ou pais reunindo avós e netos. E nesses almoços o cardápio seria uma macarronada, refrigerante e o pudim de leite ou outra sobremesa da vovó. E na televisão o Programa Silvio Santos com atrações para todos os gostos.  É claro que tomei como base, pelo menos na parte do cardápio de almoço o padrão da cidade de São Paulo já que sou paulistana e foi isso que vi a vida inteira em minha casa.  Mas o Programa Silvio Santos é uma tradição unânime entre as famílias brasileiras há mais de 50 anos.  E Silvio Santos é o apresentador mais querido do país.  Com a chegada da internet onde todos estão conectados de alguma forma, a era digital criou novos hábitos, formas de comunicação e relacionamento entre as pessoas e suas famílias mas teve uma coisa que não mudou (muito) na vida dos brasileiros: Assistir o Programa Silvio Santos nem q

Sempre fui fã do Chaves e do Chapolin desde 1984 quando começou a passar no SBT.  Era muito curioso e divertido ver aquelas duas séries com um humor inocente e puro, idiotices e cenários feitos de isopor barato que eram mostrados na frente das câmeras de uma maneira deliciosamente escancarada sem a preocupação de qualquer artifício para disfarçar.  Fazia parte da piada. E o resultado disso era um riso incontido, alto e incontrolável, a ponto de "lavar os olhos de dentro pra frora" como diria o próprio Chaves algumas vezes. E Chaves ainda tinha uma particularidade só dele que nenhum seriado ou desenho jamais teve, e duvido que um dia terá: adultos fazendo papéis infantis sem se preocupar com estatura ou ações naturais do tempo que revelam a idade real das pessoas. Como exemplos do que estou falando, cito dois episódios: Em um deles Chaves diz ao Quico que ele não pode beber cerveja porque "é uma criança e só tem oito anos" mas quando a câmera dá um close no rosto do

Esse texto era para tomar outro rumo e talvez ter outro título mas não quando eu sou o personagem dessa história que vou contar pra vocês. Adaptando uma frase do George Lazenby em 007 A Serviço Secreto de Sua Majestade: "Essas coisas nunca acontecem com outra mina"  Eu queria assistir ao filme "Turma da Mônica Lições" e aproveitar para passear na Penha num sábado à tarde como outro qualquer. Desde o início da pandemia que nunca mais tinha ido na Penha.  Tudo começou em casa. Me arrumei toda com camiseta e acessórios da Mônica. Almocei e saí acompanhada por minha tia.  O filme começaria às 13:50 h  Não saí de casa em tempo. O ônibus demorou a passar. Só chegamos na Penha faltando exatamente dois minutos para o início da sessão.  Chegando ao shopping, fomos pegar o elevador para ir ao cinema. Vocês devem estar pensando que cheguei rápido não é? Aí é que vocês se enganam.  Minha tia e eu ficamos presas no elevador porém nem tivemos tempo para pânico.  Na verdade, ficam