50 anos de James Bond sob o olhar de uma fã


Estou em casa, ano de 2012, em plena era digital. Para escrever esse texto tenho um computador moderno.  Na janela do meu quarto não há a paisagem linda e paradisíaca de Goldeneye, nem mesmo o cantar dos pássaros e o murmúrio das águas calmas onde o criador das aventuras de 007 banhava – se pela manhã.
Não tenho uma máquina de escrever Royal. A paisagem é feia. Carros e caminhões que passam pela rua num som irritante competindo com o som do disco de vinil de Tom Jones que toca na minha vitrola dois em um. Do disco ecoam melodias que dão ao menos alguma beleza à paisagem cinza e barulhenta que ignoro.
Em minha mesa tenho telefone, agenda, papel, caneta, bandeiras, incluindo a de meu time do coração, bibelôs e um pequeno pedacinho da Irlanda.
De repente, olho os livros e vejo obras primas escritas por Ian Fleming.
Seus 14 livros com as aventuras de James Bond que tantas vezes li, reli e hoje ousei imitar o estilo neste texto.
Decidi então me perguntar novamente o porquê de me apaixonar por um personagem que vi pela primeira vez aos seis anos pela TV, numa tarde qualquer.
Não sei explicar esse fascínio de tantos anos sem ser óbvia. Impossível.Então me permitirei ser bem óbvia.
Um espião misterioso e lindo, desse tipo de beleza de se olhar e suspirar, rendendo – se completamente ao seu charme. Um estilo de vida com o qual todos sonham. Lugares tão paradisíacos quanto Goldeneye, bebidas e cardápio fino, carros que são verdadeiras potências de quatro rodas, os melhores hotéis, os lençóis mais macios das suítes mais caras.
Dinheiro para gastar com jogos em cassinos e vodca – martini batido não mexido sem qualquer preocupação se vai dar para pagar ou não.
Belas mulheres que usam lindos vestidos desses que qualquer uma queria em seu guarda roupa. Mulheres que todos os homens queriam seduzir, mas que só James Bond conseguiu com seu charme único. Ternos e smokings das melhores grifes, corte alinhado de perfeito caimento, abotoaduras e gravatas caríssimas e camisas do mais fino tecido.
E como se isso não bastasse, com a ajuda de uma supertecnologia de espionagem ser muito bem pago para trabalhar viajando pelo mundo de primeira classe para combater vilões perigosos que querem destruir a paz seja pela Guerra Fria ou pelo terrorismo em missões ultrassecretas em aventuras de se prender a respiração e sentir o coração pulsar forte.
A tudo isso se acrescente perseguições, lutas e grandes explosões, bata tudo, não mexa! E beba saboreando cada um dos elementos ao som de uma trilha com acordes sofisticados e elegantes como faço agora.

O Bond maníaco sabe do que falo, pois é exatamente assim a cada exibição de um filme de James Bond nesses 50 anos, seja o mais recente lançamento ou aquele velho clássico que já se perdeu as contas de quantas vezes assistiu. O fã de 007 é como seu personagem preferido: discreto, mas sabe apreciar com certa classe aquilo que gosta. Por duas horas se permite sonhar com o mundo fascinante de um personagem tão clássico e tão atual. Atraente somente para seus olhos.Um brinde à Bond James Bond pelos seus 50 anos! Bond forever!




 








 











 

Comentários

  1. Belo texto Patthy. Um feliz BOND DAY a vc também viu... Beijocas.

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  2. Excelente matéria "Irmazinha"... E a cada ano que passa, 007 fica como o vinho, melhor ainda...

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  3. Feliz Bond Day p/ vc tb "maninho" q bom q gostou. Estou respondendo seus comentários ouvindo uma rádio mto boa a Jukebox Time Machine. O dono é gente finíssima e tem um excelente gosto musical. Qquer dia te apresento p/ ele rssss. Bjs

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