Oito títulos nas ondas do rádio


Neste radinho ouvi muitos jogos emocionantes
Era 02 de dezembro de 2007, estava lá no Corinthians acompanhando o jogo diante do Grêmio na TV pertinho do ginásio de esportes. Conforme passava o tempo eu ficava apreensiva, nervosa e quando tudo acabou eu chorei de tristeza e impotência por não poder fazer nada. De soluçar mesmo! E olhei em volta. A piscina olímpica onde tantas vezes nadei por brincadeira nos verões de nada serviam naquele instante. Quem dera que apenas o mergulho de uma torcedora apaixonada pudesse mudar tudo aquilo. Mas não mudaria mesmo que eu tivesse levado essa ideia adiante. E não restou outra coisa a fazer a não ser lamentar e suportar valentemente galhofas, gozações e piadas de amigos não corinthianos por internet, telefone e pessoalmente.
E foi o que aconteceu. Suportei tudo e quando o campeonato começou, adiquiri novos hábitos como mudar o dia da semana para ouvir jogos. E sempre apoiei o time sem ligar para divisão nem adversário e nem mesmo as piadas.
Num desses dias, fui ao mercado e quando passei pela banca de jornal e vi aquele radinho. Tinha apenas R$ 20,00 na carteira e perguntei ao jornaleiro quanto custava aquele radinho bonitinho pensando em comprar outro dia. Para minha surpresa o preço era o mesmo que eu tinha na carteira. Comprei. Nem me lembro o primeiro jogo da série B que ouvi mas lembro de ser na rádio Transamérica e que foi uma vitória.
A partir daí quando não via jogos na Band eu ouvia no meu radinho e a coisa foi dando certo.
Em 25 de outubro de 2008 ouvi os primeiros gritos de ôô, o Coringão voltou aos prantos mas desta vez, lágrimas de alívio, de felicidade. Quase morri, tremia, chorava.
E assim se seguiram entre sorte e azar, derrotas e vitórias, meu radinho e eu companheiros de "arquibancada", de alegrias, principalmente.
Os oito últimos títulos do Corinthians entre os quais se destacam a Libertadores da América eu ouvi no meu radinho.
Mas como tudo tem um fim, um dia meu radinho quebrou e não tem mais concerto. Agora ele "repousa" numa caixa guardado com muito carinho. Virou amuleto e quando necessário ficará comigo como se ainda pudesse ser usado. Hoje tenho um outro rádio de pilha para ouvir os jogos e tomara siga o ciclo vitorioso deste.
 
PS: Dedicado ao Sr. Rubens, o jornaleiro que me vendeu o radinho e à equipe de esportes da rádio Transamérica pelas emoções transmitidas.

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