Meu nome é Bond...James Bond - Capítulo 13 - O Homem do Revólver de Ouro (1965)


Já estamos terminando nossa jornada que conta um pouco sobre os livros e os filmes de 007. Esta série  para mim tem sido uma experiência maravilhosa não só como leitora mas também como fã de James Bond no cinema e nos livros de Ian Fleming. 
Neste penúltimo capítulo trataremos de um livro que por si só já é curioso. O Homem do Revólver de ouro. 
A estória nos mostra James Bond de volta de sua missão no Japão onde ele enfrentou a face da morte ao se deparar com o temível Jardim Suicida. Antes de prosseguir, cabe aqui uma curiosidade. Este livro foi escrito por duas pessoas: Ian Fleming e Kingsley Amis. Fleming já estava doente e não podia mais dar conta da rotina de escrever um livro. Amis entra em cena para ajudá - lo como um escudeiro. Mas é claro que isso comprometeu na linguagem e também na qualidade da estória. Estavam lá os vilões exóticos, as armas, as mulheres sensuais e bonitas, as locações paradisíacas e o refinamento de Fleming no gestual, no vestir e e na apreciação de uma boa refeição bem como a peculiar astúcia e inteligência de 007. Mas o jeito de escrever sobre tudo isso não é mais o mesmo. 
O décimo terceiro livro nos apresenta Francisco Scaramanga, um assassino impiedoso das Forças Internacionais de Subversão e Beliverância que é temido até mesmo pelo próprio Serviço Secreto Britânico. Bond tem a missão de matá - lo e reaparece em Londres com a missão de matar M. Bond havia sofrido uma lavagem cerebral quando foi capturado pela KGB e dado como morto. 
O Serviço Secreto no entanto, capturou 007 e reverteu a lavagem cerebral. E. matar Scaramanga é a única chance que ele tem de retornar às suas funções de agente secreto. 
Dias depois de entregar o livro pronto, Ian Fleming faleceu no hospital em Cantebury, vítima de infarte aos 56 anos. O autor genial se vai, sua obra se eterniza até os nossos dias atuais, onde continua sendo a grande referência e inspiração entre os escritores do gênero de novelas de espionagem.
Quando lhes falei que este livro em particular tem lá suas curiosidades eu não estava exagerando.
Assim como ocorreu com o livro, a produção do filme também tem sua parte curiosa. A começar pelo relacionamento entre os produtores Albert "Cubby" Broccolli  e Harry Saltzman.
Segundo o livro do jornalista Eduardo Torelli, "Sexo, Glamour & Balas", Harry Saltzman já estava farto do personagem James Bond e, a exemplo do ator escocês Sean Connery, quis apostar em outras produções, outros filmes para não ficar conhecido apenas por uma única franquia. Isso foi apenas consequência de uma crise que vinha se arrastando desde A Serviço Secreto de Sua Majestade. Desentendimentos, vaidades tudo era motivo de desavença.
Com a saida de Saltzman, Broccolli assumiu a produção do filme sozinho. Chamou o roteirista Tom Mankiewicz para dar uma "vida" à adaptação do livro de Ian Fleming que era fraco, insosso devido à doença do autor e a interferência de outra pessoa.
Mesmo assim, lá estava Scaramanga, o vilão exótico cuja característica física marcante era um terceiro mamilo. Papel que no filme coube ao ator Cristopher Lee.
E, justamente ele, nos traz em seu DNA uma curiosidade: é primo de Ian Fleming.
Quanto à trama, ela segue com certa fidelidade ao livro. E um novo personagem aparece. Nick Nack, o anão que é o assistente do vilão interpretado por  Hervé Villechaize. Fica a cargo de Hervé algumas das cenas mais hilárias do filme.
Assim como no livro, Bond sofreu uma lavagem cerebral e para provar que está apto a continuar seu trabalho no MI -6 precisa matar Scaramanga, um frio assassino que mata suas vítimas usando uma pistola e munição de ouro fabricado especialmente para ele e também recuperar o agitador solex, um reator atômico.
O ponto alto do filme é sem dúvida o duelo entre Bond e Scaramanga com sua famosa arma na paradisíaca ilha do vilão.
Um livro e um filme cercados de curiosidade e algum mistério é o que explica ao menos um pouco do grande fascínio que sente um Bond maníaco. Aquilo que Ian Fleming deixou para sempre: a sua marca como herança para nós fãs de todo o mundo e todas as gerações.

Eu retornarei em: 007 Encontro em Berlim






PS: Essa série de textos é dedicada à memória de Ian Fleming e também aos amigos Lucian e Rildon que me incentivaram a fazer essa experiência. Obrigada, amigos. Beijos.
















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