Eu sou Ricardo Boechat: Um livro para rir e refletir




Era um costume de nossos avós todos os dias ligar o rádio enquanto se preparavam para começar um novo dia de trabalho em busca do sustento e também o início das tarefas domésticas das donas de casa. 
A tecnologia chegou e nos trouxe outros meios de comunicação: TV, internet,  mp 3, streaming... E com essas novas formas de se comunicar, diziam volta e meia que o rádio ia morrer. 
Ledo engano porque o rádio continua firme e forte informando, divertindo e fazendo companhia para as pessoas. 
Eu tenho o hábito desde muito pequena ouvir rádio de segunda à sexta e quando tem jogo do Corinthians. Consigo aliar o rádio no meu dia a dia dos tempos de hoje em que eu também assisto TV, streaming, ouço mp3, falo via whats app e me informo pela internet. O rádio é meu companheiro das primeiras horas do dia enquanto arrumo minha cama, faço minha higiene matinal, tomo meu café e cuido do meu gato. E, para mim, ouvir noticiário pelo rádio é mil vezes melhor do que assistir noticiário na TV pois é mais rotativo, objetivo e na medida. 
Em 2010 ouvi pela primeira vez a Band News FM por um telefone celular com função de rádio para me informar sobre as eleições presidenciais daquele ano enquanto saí de casa com a família. Gostei do ritmo e não parei mais. Até hoje.
Fui com isso criando com a Band News FM aquele vínculo íntimo que criamos com uma rádio, aquele dos tempos dos nossos avós. 
Escutava o Boechat (IM) que em todas as manhãs me informava, me divertia, me fazia dar gargalhadas e até mesmo quase quebrar uma louça ao ouví - lo xingar de forma impublicável  uma famosa figura do meio evangélico por conta de uma pesada crítica. 
Gosto de ler também. E quando soube do lançamento do livro Eu sou Ricardo Boechat, dos jornalistas Eduardo Barão e Pablo Fernandez , fiz questão de prestigiar. Afinal, como já disse, era o mínimo para retribuir a "visita diária" desses dois jornalistas (e do próprio Boechat) e a companhia que eles me fazem.
Quando cheguei perto de Eduardo Barão e Pablo Fernandes, disse - lhes sem a menor cerimônia: "Todos os dias vocês entram em minha casa com suas vozes e me fazem companhia. Hoje sou eu que entro na "casa" que vocês estão" - no caso, a Livraria Martins Fontes em São Paulo. Era um domingo, 22 de Dezembro de 2019. Eles sorriram. Falei - lhes também do meu gato que os ouvia por  tabela e até ele "ganhou uma dedicatória" no livro, o que me deixou surpresa e emocionada.
Comecei a ler o livro pouco tempo depois. Histórias de bastidores revelavam o ambiente daquele estúdio, os personagens que faziam parte das 100 histórias, pareciam se transportar para minha casa ou na recepções, salas de espera e vários lugares. Foram risadas e mais risadas incontidas e as constantes explicações de que eu estava lendo algo engraçado. E também histórias que me fizeram ficar pensativa sobre os mais diversos assuntos.
Histórias de quem tem. De quem tem a intimidade de brincar na bancada de um telejornal de TV, usando peruca, lingerie e até finge ligar para a mãe, Dona Mercedes para ilustrar um comentário sério ou mesmo compartilha o dia a dia da sua vida familiar com sua Doce Veruska e as filhas Valentina e Catarina. E também desejar ao público noveleiro uma boa novela ao se despedir. Intimidades que a empatia e a proximidade de tantos anos do rádio e de TV permitem. 
Um livro de boas histórias que ficaram para a posteridade. Uma boa leitura e toca o barco 


Dedicado com carinho à memória de Ricardo Boechat, à esposa Veruska, as filhas Catarina e Valentina, à mãe Mercedes, aos colegas e ouvintes da Band News FM e aos autores Eduardo Barão e Pablo Fernandez 






































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