Mais um aniversário e muita coisa para agradecer


 Hoje quero apenas uma coisa. Deixar aqui registrado um agradecimento muito grande. 
Nunca escrevi sobre ser agradecida por alguma coisa apesar de sempre ter sido grata pela vida principalmente.  
Refleti muito nesses dois anos em que o mundo inteiro passa pela mesma coisa: uma pandemia que está controlada (não extinta), graças à vacina.
Tomei todos os cuidados para não ser mais uma das milhares de vítimas da pandemia.
Eu passei totalmente ilesa por tudo isso. Tive medo, tive dúvidas e perdas  mas nunca perdi a fé. E nem poderia. Até porque eu sou um milagre. 
Desde que nasci eu lutei muito pelo direito de viver. 
Primeiro, dizem que passei muito da hora de nascer e que ao vir ao mundo eu não chorei. Quase que minha mãe e eu morremos durante o parto.
Depois de algum tempo fui internada no hospital, desenganada e cheguei a receber o batismo às pressas para não continuar pagã caso morresse. Os padres costumam fazer isso para bebês que estão muito doentes e fracos. 
Ainda muito pequena, já lutava pela segunda vez para viver. 
Outra vez venci. Graças aos médicos que fizeram tudo que fosse possível para reverter o quadro grave e também graças às orações de toda a família, principalmente da minha avó que era uma católica fervorosa e praticante. Confessava, comungava e ia à missa todos os domingos. 
Com os cuidados médicos e as orações, recebi alta para continuar a luta em casa. 
Luta que também venci. Um verdadeiro milagre.
Logo recebi o sacramento do batismo como toda criança. Na igreja. 
Como todas as pessoas, tenho meus padrinhos. Mas não é só isso. 
Nunca soube o porque. Nem tive a oportunidade de perguntar à minha mãe nem a familiar nenhum mas no dia do meu batismo, o padre me pegou no colo e ergueu diante da imagem de Nossa Senhora Aparecida consagrando - me à Ela, ou seja, fazendo com que Ela se tornasse minha Madrinha. 




E durante toda uma vida, foi assim que minha mãe me ensinou. 
Toda vez que íamos a alguma igreja, minha mãe sempre me levava diante de Nossa Senhora Aparecida e dizia "Aqui está sua Madrinha. 
Tanto que, até hoje tenho duas dificuldades: jamais tratei por Nossa Senhora (a não ser em situações formais) Nossa Senhora Aparecida por seu título pois para mim é Minha Madrinha do Céu e também não consigo chamar de madrinha a tia que minha mãe escolheu para me batizar. Mas ela entende e aceita essa condição. 
Sinto que tenho essa proteção toda pois não só sobrevivi como alcancei outras graças. 
Devido à minha deficiência, só comecei a andar com três anos de idade. 
Anos depois, fui muito bem sucedida na cirurgia para corrigir um micro estrabismo e uma miopia. Entreguei meus óculos à Ela como sinal de gratidão. 
No domingo passado, véspera do meu aniversário, fui ao Santuário Nacional para agradecer. 
Agradecer por mais um ano de vida e pela proteção. 
Foi muito emocionante e reconfortante. Estar com minhas tias, comemorar meu aniversário e agradecer. 
Rezar por todos que amo. Pedir saúde e paz para todos. 
Nas próximas linhas eu deixo uma mensagem final para todos que precisam. Algo que levo comigo, que procuro praticar e que quero dividir com cada um que esteja lendo este texto:
Nunca devemos perder nossa fé nem a força para lutar. Não desistir enquanto há esperança. 
E aceitar humildemente aquilo que não pode ser mudado. A vida não é nenhum mar de rosas mas também não é um fardo a ser carregado com sacrifício.
A vida é um milagre que deve ser vivido intensamente. 
Viva, aproveite, seja feliz. Agradeça. 









Comentários