Por que o Futebol Americano é tão emocionante?

 Esses dias, com a proximidade do Superbowl, comecei a pensar em respostas para essa pergunta que eu mesma nem sabia até 2012.
O futebol americano é um esporte cheio de regras que eu não conheço direito e me perco, embora acompanhe ha algum tempo. Em síntese, ele é um jogo de de estratégia como o xadrez e ao mesmo tempo se assemelha ao pique bandeira, brincadeira popular em acampamentos ou jogos escolares que consiste em um time percorrer um trajeto e capturar a bandeira do oponente, cuja tarefa é defender a própria bandeira. 
O futebol americano não só é popular nos Estados Unidos mas também é um evento que movimenta a cada ano milhões e milhões de dólares em bilheteria e patrocínio, sobretudo no jogo final. 
Ele inspira filmes, documentários, é assunto em episódios de séries de TV polulares e é uma tradição naquele país tal qual o Halloween ou o 4 de Julho, Dia da Independência. 
No dia da final, a maioria do povo americano pára para assistir ao jogo. Ninguém recebe ou faz visitas nem atende qualquer meio de comunicação durante o jogo . É como uma final de Copa do Mundo com a seleção brasileira no Brasil por exemplo. E também o intervalo é um show à parte. 
A publicidade investe fortunas incalculáveis por comerciais que serão assistidos por todos. Há pessoas que assistem ao Superbowl exclusivamente para ver os comerciais que aliás não são simples propagandas mas sim verdadeiras mega produções para vender produtos, anunciar filmes, vender serviços. E tem também o pocket show com um cantor de sucesso entre os dois tempos de jogo que é sempre dividido em quatro quartos (dois quartos de 15 minutos em cada tempo).
E fora isso, a emoção de torcer como acontece conosco aqui com nosso "soccer" o futebol de Pelé.  Para o americano isso acontece com, o "football", o esporte  imortalizado por craques como Vince Lombardi (que dá o nome ao troféu), Joe Montana, a família Manning, Tom Brady e Patrick Mahones. Não se explica, se sente. 

Pelo menos para mim, diferente do "soccer", acho um esporte divertido, é entretenimento puro mas ainda assum emociona, mesmo que eu não tenha um time. Ao passo que o "soccer", para ter graça, você precisa escolher um time para torcer. No meu caso, escolhi torcer para o Corinthians. 
Não adianta torcer só na fase boa, na vitória, isso vale para qualquer time. O torcedor de "soccer" tem também que arcar com a fase ruim, as derrotas. 
No "football", vendo pelo lado de quem não escolheu um time, percebo que a emoção flui mais solta. Muda de lado até no último segundo. Essa emoção contagia a todos, sem exceção.
Claro que aqueles que optam por um time devem celebrar vitórias e também arcar com derrotas. Isso é esporte.
Ontem mesmo, durante a transmissão do Superbowl disputado por Kansas City Chiefs e San Francisco 49 ers, várias vezes me peguei com o coração disparado e nó na garganta, aflita pelo resultado em si, sem me importar com o vencedor. 
Imagine você assistindo a um jogo em que nada acontece e, de repente, numa virada de chave você começa a ver lances de tirar o fôlego, reviravoltas de última hora, mágicas, inacreditáveis. Se isso não balança um pouquinho seu coração, é porque não gosta desse esporte. O Kansas City estava empatando com o São Francisco. Empatou quase no finzinho. 
No futebol americano, quando tem empate em qualquer jogo, eles vão para a prorrogação e o primeiro time que marcar um "touchdown" (espécie de gol que vale 6 pontos) vence o jogo. Patrick Mahones, do Kansas City pegou a bola, correu e marcou. Fim de jogo e também de temporada. 
NFL agora só dia 06 de Setembro na Neo Química Arena
A cidade de São Paulo foi escolhida para sediar a abertura da temporada 2024/2025 em comemoração aos 200 anos da cooperação diplomática entre Brasil e EUA.
Eles fazem vários jogos fora do território norte americano para promover o esporte e não é de hoje que por aqui o futebol americano tem muitos adeptos. E a cada temporada mais e mais pessoas vão se somando a eles graças ao trabalho que começou lá atrás com a TV Bandeirantes e o saudoso Luciano do Valle e prosseguiu com TVs populares como a extinta Esporte Interativo, os canais ESPN principalmente e a Rede TV (aberta) que recentemente passou a transmitir alguns jogos. 
Em setembro, Deus permita que eu esteja na Neo Química Arena para vivenciar e registrar o movimento do dia do jogo depois acompanhar pela TV assim como fiz em 2014 na Copa do Mundo. 
E contar tudo aqui no blog. Até lá. 







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