Libertados: Um filme de uma conquista para recordar e reviver sempre

"Nunca serão" - diziam torcedores de times rivais.- Será mesmo que nunca seremos?
Bem, não foi isso que aconteceu. Somos sim: Campeões da Libertadores da América de 2012 e invictos, feito que os outros campões anteriores ao Corinthians não conseguiram.  
Hoje revivi todas essas emoções pois assisti um filme que diz muito sobre isso. Bem que o filme poderia se chamar "Invictus" como o filme estrelado por Morgan Freeman que conta as memórias do grande líder político Nelson Mandela pela trajetória de luta e sofrimento para vencer.
Mas a escolha pelo título "Libertados" ficou bem de acordo pois o corinthiano foi realmente libertado do estigma de nunca ter vencido uma Taça Libertadores da América.
O filme narra através de depoimentos de jogadores, dirigentes e torcedores a trajetória do Corinthians até a conquista do título. Quando fui hoje nadar no Corinthians, aproveitei e fui à loja do clube para comprar o DVD. Chegando em casa, após almoçar, relaxei assistindo Libertados. Para assistir ao filme, vesti a camisa com o autógrafo do Tite, técnico do Corinthians naquela época.
Enquanto o filme passava no meu computador, senti novamente as emoções vividas durante aquela partida enquanto ouvia no rádio no dia do jogo. Essas emoções se misturavam à minhas próprias emoções pessoais e tudo me fazia voltar no tempo. Emocionante ver Tite com os olhos marejados e a voz mesmo embargada estava marcada pelo sotaque forte, inconfundível e charmoso. Ver Romarinho contando sua experiência de primeira viagem internacional e de um torcedor que abraçou Paulinho. Naquele momento, o que poderia ser um simples abraço entre jogador e torcedor de um mesmo time que renderia uma foto apenas para o torcedor guardar, ganhou repercussão e as manchetes de um país inteiro naquele 4 de julho que era muito mais que o Dia da Independência dos Estados Unidos. A partir de 2012 também passou a ser o Dia da Libertação do Corinthians.
E eu com minha mãe entre idas e vindas de um hospital, lutando contra uma terrível doença, internada. Andava muito triste e o Corinthians, assim como tudo que gostava, foi uma válvula de escape. Nas próximas linhas deixo meu depoimento pessoal de como foi a noite da conquista do título para que vocês leiam:





Naquele 4 de Julho, estava nervosa e apreensiva. Decidi ouvir o jogo primeiramente pelo nervosismo e depois por não gostar do locutor Cléber Machado, já que a Rede Globo iria ser a única TV que transmitiria a partida.  Deixei meu radinho de pilha do Corinthians ligado no jogo e eu o tempo inteiro em silêncio com as mãos em posição de prece. Andava de um lado a outro do quarto iluminado apenas pela luz da TV no canal que passava uma novela que eu acompanhava. Não consegui gritar os dois gols do jogo.
Fiquei nesse ritual os noventa minutos.
Recebi torpedo de amigos, atendi, li e voltei ao meu ritual.
Quando o jogo acabou, soltei um grito tão alto e agudo que acordei toda a casa. Naquele grito se foram anos de espera e gozações de amigos incrédulos. Um alívio tirar aquele peso de dentro de mim.
Peguei meu cobertor do Corinthians, coloquei na cabeça e corri para o quintal. Gritei, vibrei. Meus gritos e os fogos da rua: sons diferentes que naquele instante formavam um único som. Enlouqueci de alegria e fui dormir feliz da vida. E no outro dia, ao acordar e ver que tudo era verdade, fiquei mais feliz ainda.  

Assim comemorei a conquista. Dias depois, já estava visitando a Taça















Depois disso, no final do ano passado, conheci Tite pessoalmente. Foi numa tarde de autógrafos dentro do Memorial do Corinthians. Naquela época, ele estava de saída do clube.
Tite foi muito simpático, brincalhão e tudo que disse para ele foi obrigada pelos títulos e até logo. Foi um dia que me marcou muito e que nunca irei esquecer. 















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