Fleming... Ian Fleming
"Levanto - me com os passarinhos, o que significa às 7:30h e vamos eu e minha mulher dar um mergulho no mar, antes do café. Não usamos trajes de banho já que estamos completamente isolados. Depois tomamos um café reforçado, geralmente com ovos mexidos e em seguida, sento - me ao sol por alguns instantes. Das 9:30 às 12:00h escrevo, sem que nada interfira..." (trecho da rotina diária de Ian Fleming em Goldeneye, sua casa na Jamaica extraída do livro Sexo Glamour & Balas do jornalista Eduardo Torelli)
Com as próprias palavras de Sir Ian Lancaster Fleming, inicio este post em sua homenagem no dia em que ele estaria completando 103 anos de vida. E vemos que já em seu modo de conceder depoimentos e entrevistas já revelava a empolgante narrativa de seus livros mundialmente famosos e de seu personagem mais conhecido, o agente secreto britânico James Bond 007. Mas vou lhes contar aqui como eu "conheci" de fato Ian Fleming: Eu sempre assisti aos filmes de 007 pela TV ou mesmo alugava vídeos. Não perdia um. E todo filme começava sempre com um anúncio que era mais ou menos assim "(nome do ator principal) as ou is: Ian Fleming´s James Bond 007". Até aí, ok, nada demais. Só que passei boa parte da minha vida de amante do cinema vendo essa frase sem associá - la à nenhuma outra coisa que não fosse filme.
Um dia de sexta - feira em 1985, na biblioteca da escola pública onde eu estudava, encontrei um livro que tinha muito mais do que uma estorinha infantil de um carrinho verde muito simpático que pertencia à família Pott. "Chitty -Chitty Bang Bang" (O Calhambeque Mágico). Peguei o livrinho porque achei legal.
Ao abrir a primeira página eu tive uma agradável surpresa pois naquele momento conheci uma pessoa que era tão admirada por mim mas que não imaginava encontrar entre autores de uma biblioteca escolar. "Do mesmo autor de James Bond 007 Ian Fleming, "O Calhambeque Mágico" Viajei, literalmente, junto com a família do livro no tempo em que fiquei na biblioteca, era delicioso "estar com Fleming" de alguma maneira. Acontece que ficávamos apenas quinze minutos na biblioteca por semana e não podíamos levar o livro para casa. Então, escondia aquele tesouro mágico e precioso bem no fundo para nenhum outro aluno ter acesso primeiro. E li inteirinho por uns dois meses pois só dava tempo de ler umas poucas páginas, quatro ou cinco por vez. Era uma alegria que ninguém ali era capaz de compreender e que se tornou alvo de curiosidade até quando contei para duas meninas.
Além delas estranharem nem deram bola para mim. Cheguei em casa e contei para todo mundo
a minha "descoberta" só que ninguém se empolgava
Nesse meio tempo entre 1985 e 2002 não achava os livros em português e ficava torcendo para alguém da família ir à Londres e me trazer um (para pagar, não de presente) só que foram e nem se lembraram de mim, talvez por esquecimento, talvez pensando que eu nunca pagasse o livro que encomendei.Mas um dia tudo mudou: Assistindo ao Neurônio MTV especial James Bond, além de eu ter conhecido outros bondmaníacos e fazer novos amigos também passei a ter acesso aos livros que tanto almejava ter. Sem sair do Brasil, sem gastar em Libras ou Dólares. Eu mesma comprando. Meu primeiro foi "Os diamantes são eternos".
A partir daí descobri outros e outros, descobri um Ian Fleming que eu não conhecia, um James Bond totalmente novo de tudo que eu via e que me apaixonei perdidamente assim como aconteceu com os filmes. É uma coisa que ficou para sempre, só quem leu um livro do Fleming é capaz de entender tudo que eu escrevi. Obrigada por tudo Fleming, onde quer que esteja receba meu eterno carinho.
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A partir daí descobri outros e outros, descobri um Ian Fleming que eu não conhecia, um James Bond totalmente novo de tudo que eu via e que me apaixonei perdidamente assim como aconteceu com os filmes. É uma coisa que ficou para sempre, só quem leu um livro do Fleming é capaz de entender tudo que eu escrevi. Obrigada por tudo Fleming, onde quer que esteja receba meu eterno carinho.
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Legenda das fotos:
Eu segurando a arma usada por Pierce Brosnan num dos filmes (dir acima), Logo 007 (abaixo no centro), Ian Fleming (à esq), uma homenagem minha à Ian Fleming e James Bond: Eu e meu gato James Bond - já falecido (em cima)
Obs: Texto dedicado à todos os bondmaníacos do mundo, especialmente aos meus amigos da Comunidade 007 Brasil.
Adorei Patthy! Quando o assunto é Bond, James Bond ficamos mais próximas ainda! hahahahaha Sei que vc só divide Sean comigo! hahahhahaha
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