My way

Como todo sábado, hoje pela manhã, estava ouvindo um programa da Rádio Gaúcha AM de Porto Alegre pela internet chamado Supersábado. Um programa que comecei a ouvir fazem dois anos e alguns meses por recomendação de um amigo muito querido e especial para mim. Nem eu mesma sabia o porque desse programa hoje seria mais especial do que os outros que já havia escutado com tantos assuntos diferentes. A primeira coisa que ouvi não foram as vozes dos locutores Wianey Carlet e Gabrielli Chanas. Não. O primeiro som dessa vez foi algo que parecia renascer, intacto, mesmo depois de onze anos de seu último ecoar. Era um som conhecido, o som da Voz, uma voz calma e ao mesmo tempo sexy, doce e ao mesmo tempo vibrante e forte. Mesmo que por meio de gravações Frank Sinatra ressurgia para encantar novamente com o seu jeito único de cantar, o seu "my way". Me recordo que há onze anos neste mesmo catorze de maio eu não contive as lágrimas. Ouvia de meu LP "Duets", Frank cantando com outros artistas como Aretha Franklin, Julio Iglesias, Bono Vox e tantos outros num tom de despedida.


O melhor ainda está por vir (inscrição da lápide do túmulo de Sinatra)


Ao ouvir uma de minhas prediletas, New York New York fazendo dueto com Tonny Bennett, abracei a capa do LP molhando - a com minhas próprias lágrimas. Esse era o "my way" de me despedir de Sinatra de alguma maneira e até mesmo de desabafar aquela dor tão forte dentro do meu coração. Escrevi um texto mas não publiquei. Sei q imprimi e guardei mas não perguntem aonde pois não encontrei mais. Mistério, sei lá por que. Sei somente que a tristeza tomou conta de mim mas não por muito tempo. Tanto que dois dias depois comprei um CD e uma revista dele para guardar de recordação. Lembro também de ter escrito uma carta ao meu melhor amigo que mora na cidade que tantas vezes Sinatra cantou, New York, New York para contar à ele de minha dor e pesar. E recebi de meu amigo um mês depois uma revista "Veja" onde a capa era Frank Sinatra numa foto preto e branco e o único colorido seus "blue eyes". Guardo até hoje junto com o recorte de uma revista americana que ele também mandou. E hoje, onze anos se passaram, a dor amenizou. Consigo ouvir, ler, olhar fotos. A dor passa mas a saudade fica para sempre mesmo que amenizada vez em quando ao surgirem lembranças como essas que vieram através do som do meu computador hoje de manhã. Frank Sinatra, onde você estiver agora, este é o meu My Way de lhe dizer que estou com saudades mas que um dia quem sabe nos encontraremos A um Passo da Eternidade. Até um dia.

Dedicado à memória de Frank Sinatra

A morte de Frank Sinatra ocorreu em 14 de maio de 1998

Comentários

  1. Patthy, muito bom o seu texto e relato.
    Eu considero Frank Sinatra aquele tipo de artista o qual chamo de "ÚNICO", pois nunca mais existirá outro com o mesmo talento. A voz dele era inconfundivel e uma afinação perfeita. A linda "My Way", dentre tantas versões gravadas, a dele é uma das melhores, junto com a versão do Elvis Presley, outro "Único".
    Guarde sempre essas suas relíquias, Patthy. São muito valiosas hehehe.

    Bjos!

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  2. que texto lindo.. à altura de frank sinatra...
    parabéns, patthy, tuas palavras explicam exatamente a grandeza do cara..
    ~bjs

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